A SOCIEDADE DA TECNO-IMAGEM AINDA DIZIMA ÍNDIOS E TODOS ATÍPICOS
Parece-me justo pensar que sempre
estaremos atrasados uma década, a cada dia me surgem mais pessoas desejosas em
ter nascido em outras gerações. Como se as guerras não cessasem de ditar silenciosamente mortes recorrentes. Portanto, acho melhor proteger-me no meu peculiar modo atípico de viver, ou seja, acatar meu autismo de forma mais coerente.
Uma paciente me provocou perceber
a sociedade em que estamos imersos. Eu que me assustei a pouco tempo atrás, em
ser da geração ípsilon, não me espanto que o destino é hoje, ou ele, como o
passado e presente, só são separados pedagogicamente para termos noção que o
tempo não existe. Ou as mazelas que teimam se repetir, são atemporais porque o que não evolui é a relação humana. E teimam em jogar na minha face que sou doente por ser diferente.
Na realidade, apenas usamos
nomes, eufemismos mesmo, em nosso precário vernáculo de paupérrima linguagem,
para suportamos a realidade que nada somos apenas estamos. Temos que ter certa
sensação, mesmo que seja grande engodo, para não vermos que todos somos tão
diferentes que vivemos em perfeito delírio coletivo,
mentindo que não exista nossa peculiar e individual existência, talvez esse
mentir alimente tantas intolerâncias baseada em que somos todos iguais, mas como se nem os direitos humanos são distribuidos igualitariamente.
São convenções para suportar
nossos comportamentos cada vez mais esquizoides. Não é em vão que falas
verdadeiras acusam-nos de que de médico e
de louco todos temos um pouco sobretudo
porque só falamos de que sabemos, então, o alienista é tão louco quanto o
alienado; ou ainda, de perto ninguém é
normal na realidade, negamos nossas diferenças para nos sentimos com alguém
mesmo qualquer que se aproxima-se a nós queremos os bitolar a nosso desejo. Mas insano é o desejo de poder e, mesmo aque seja dizimar a
quem chamamos de semelhantes, dizemos que o amamos.
Em suma, a loucura é o poder que
supomos ter sobre a natureza, onde o
tempo é algo que supomos eternizarmo-nos, e quando as
regras dessa sociedade ainda cegam para etnofobia,a loucura torna-se coletiva, mas digo: Abaixo nossos Canudos e
Antonios e sim mais Conselheiros e não a sociedade do apartheid e deixe-me viver minha atípia e vivam a suas.
Em fim, minha paciente, muito
mais sábia que eu, mesmo parecendo desconhecer essa realidade, ou em sua gevolução demonstra humildade; ou ainda, talvez perdida
em seu narcisismo, de pseudo desejo imerso a um transtorno depressivo que a
família dela tem se metido e a querem a contaminar, tanto que ela não vislumbra bons meios que de direcionar seu
livre arbítrio.
Ela me iluminou que a sociedade
em que viveram os nossos mais recentes ascendentes, que viviam no período
anterior a escrita, a Sociedade das imagens, teria limites evolutivos
por isso essas civilizações foram tragadas pelo desejo do poder. Tanto que alguns antropólogos e arqueólogos provam que o desejo de poder, explicado pela queda
da mulher e ascensão do homem machista, patriarcal dizimou vidas incialmente pela agressão à diversidade de gênero, depois a etnias.
Supostamente se evoluiu com a
escrita até os dias atuais com a Sociedade do código. Mas como os autistas e,
tantos outras manifestações de expressões que não conseguimos entender,
provam-nos que não sabemos nada de comunicação e não
aceitamos as diferenças em nossa família imagine diferentes meios de pensar,
viver e ser. Os nossos códigos são delimitadores da nossa ignorância que
nos cega para a inteligência emocional. E continuamos a viver sem nos comunicar
com os sentimentos, vivemos apenas no suposto racional, que não preciso
condenar seus limites da violência letal, que nos
aproxima atualmente da liberdade de matar medieval, vivemos o período mais letal, onde as famílias são os núcleos mais sanguinários de nossa curta história.
Mas, a paciente me infere que
estamos, enfim, imersos ou estagnados, penso, diante as portas da Sociedade tecno-imagem.
Na qual as tecnologias baseadas na velocidade da internet através da
informática guiam nossos destinos silenciosamente no presente, assassinando o
que no passado adquirimos.
Não sei onde vamos chegar se não
avançamos quanto a inteligência emocional e, nesse século, vamos ainda mais
célere para o imediatismo do gozo. Não adiamos nada mais. Nossos filhos não tem
futuro, presente e negam o passado. Tudo é a-temporalmente subordinado ao prazer dos poucos que retém o poder econômico, onde assassinar uma etnia talvez seja maior evidência
disso a nível macro; ou no micro ordenamento de agrupamento ou ajuntamento humano, a família, uma violência a um atípico como um autista, impondo a ele o desejo dos pais não pesem mais na lógica da ética cristã, pois ela não mais exista, devido seus pecados medievais, mas também, porque não existem mais éticas.
E cada dia, nos sento os
sinais autistas de me relacionar, prefiro a solidão a saudade. Pois os que ai estão preferem sexo sádico
masoquista e menos amor. Enquanto os moralistas falam em família e negam que
ela é onde ocorre mais vis violências, não falam em ética, tipo a cristã de
acesso a igualdade que Cristo tanto deu as mulheres e afirmou misericórdia e
não sacrifício, este tão bem vendido pelas religiões, mesmo que a sociedade já matou em nome de um suposto Cristo,
hoje nem são tão discretos, mesmo assim não crero essa crença de manipular.
Muitos falam da transição que
estamos. Negam que nunca somos, estamos em processo biopsicossocioespiritual. E
se a pós modernidade é imersão no transitório, então morreremos sem viver, somente sendo levados pelos desejos inconscientes cegos no furor que nós temos vivido em um narcisismo sádico
masoquista? Muitos mais masoquistas que aqueles assassinos
da diversidade , onde o verdadeiro Brasil sobrevive, como? Miseravelmente! Masoquista, é toda a sociedade que se faz cega ante
tamanha covardia assassina de não viver a diversidade de modos de vida. Por isso, ela precisa de tamanhas mentiras. Eu não, que nunca entendia e sofria por não ser aceito, vivo só as dores e desamores de ser único e atípico.
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