Ode a morte do desamparo

Apenas viver é  desolador, parece que por isso, inventamos problemas, ou ao menos dizemos que os nossos são maiores de todos os desafios humanos. Talvez  por não vislumbrar  sentido ou erroneamente pensar  a vida como exclusiva fonte de gozo perene, será devido a falta subjetiva, que o desamparo é o sinônimo dela?
Por outro lado, a vida é  tão simples que o ócio não mais deixa a cabeça relaxar. O sono não mais serve ao sonho e as dores não mais se encontra em paleativos. Precisamos cultuar o corpo escultural ou o modelo enlatado  como belo. As almas para evuluirem e filosofarem precisam não só  mais de vinho, temos agora melhor diversidade de vícios. As relações  sociais, que nunca chegaram  a serem humanas, na pós  modernidade  não  só são virtuais, como são  fontes novas do vazio humano. É a relação com o imponderável,  hoje é  mais um engodo vendido em todos os mais vis recantos. Eis ai o biopsicossocioespiritual mergulhado na vida morta da pós  modernidade.  
Será uma forma de morrer apenas a vida? E se é tão mediocre que nem o direito de morrer se tem?
Na realiadade não conceituar o que sente é de tamanha dor, insuficiência que nem a certeza de ser único explica a tamanha covardia do mundo de não querer se despregar de seus vícios.
Não dar nome a sua frustração, leva ao vazio, esse ao desespero e quando ele já lhe tomou toda a consciência se dar conta  do insconciente em plena carne viva jorrando sangue sedento de dar sentido a vida que se esvaziando. 
E se mesmo assim, não consegues nominar ti abraças ao desamparo que quem tem o colo ou seio que possa lhe acolher você elege estes como seu juiz que lhe vai trazer outras mentiras, para além daquela verdade que a pouco falava: medo de não poder nem morrer.
Ao se deparar com seu juiz, que na realidade é seu algoz, não só a impotencia ti condenará mas agora terás a certeza que a vida é a verdadeiramente uma gilhotina que lhes decapta e você se ver morrer em vida. 
Ser assim, é morrer em vida, conceito o mais próximo que minha racionalidade concebe.  
Só se tem sentido vivendo a vida assim, quando você tenta ajudar a outras pessoas a se encontrar a fim que elas se encontrando lhes ajude a se encontrar também. E  esse processo  só  se dar fazendo um encontro entre dois inconscientes.




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