Até quando usaremos verdades mentirosas para justificar sangue contra nossos semelhantes?

Relutei não tomar partido dos últimos acontecimentos que dividem o mundo entre ocidentais e orientais, entre supostos livres e fundamentalistas, Judeus e islâmico, entre Deus e Alá?
Mas, não tem como não ficar chocado com os projetos imperialistas, onde são alvos os fundamentalistas islâmicos, mas também, estes será que são respeitados em suas dignidades e modo peculiar em  conceber suas vidas?
Lembro dos atentados contra a gráfica de onde surgiram  quem zombavam de Maomé. Penso também que ainda hoje, 20 bombas atingiram locais onde supostamente reúnem os possíveis fundamentalistas. Todavia,  o Ocidente é que apregoa a liberdade  mas de que modo e a que preço?
Entretanto, questões de poder são sempre o que nos consomem, nestas disputas, concordando com  "homem é o lobo do homem". Mas isso não é feito sem esconder a verdade para não se perceber o real desejo humano. Então, o que pode explicar o alvo Bar Bataclan, talvez seja o suposto vínculo do espaço com a prostituição, esta que é simbolismo de uma liberdade ao corpo, tão perseguida pela cultura oriental mais conservadora, mas também, a casa de festa é, supostamente, de propriedade judia e vinculado a comemorações do exército de fronteiras dessa etnia.
Então, não há  a quem  defender neste contexto, cabe apenas a proposta de diálogo, para o dever de direitos universais de sermos diferentes e iguais em direitos. O que se expressa basicamente, em viver da maneira que importa a cada um. Isso, baseado que temos que ser desejantes e  desejarmos ser um  espécie talhado pela diversidade, pois, somos únicos. E portanto, devemos não só tolerar, que este a não aceita a diversidade da espécie empaticamente  e, então, vivermos altruistamente,  porque nossa maior e única verdade é que nada somos sem nós todos. Imagine, precisamos dessa diversidade para mantermos únicos. Imagine, pelo simples exemplo, se formos todos máquinas que só produzimos um único produto, um dia não nos fartaremos e nos rebelamos? 
Portanto, não há onde tomar partido, além do amarmo-nos e garantir isso como meio de estarmos juntos. E, não podemos falar em Direitos Humanos que exclua a verdade de nossa diversidade e do debate de questionar as formas desiguais na relação de poder, usada violentamente pelo imperialismo capitalista contra o questionado fundamentalismo, para que o Ocidente ataca e invade as terras e patrimônios deles? Não podemos crer que o oprimido não retroalimentará o desejo sádico de poder e intolerância.
Pois bem, a questão entre tantos mortos alienados a supostos direitos de vida e morte é a questão em pano de fundo (camuflado) para mantermos cegos para o X da questão:
Disputa de poder, apenas, uma relação desigual (só nos chega a história do suposto vencedor, ninguém mostra a miséria promovida no Oriente pelas invasões); relação hierárquica violenta (quantos morrem inocentes irmãos dos supostos fundamentalistas e, não sabemos). Enfim, onde, na realidade,  aponta-se de um lado, liberdade para esconder o imperialismo assassino e, outro, a religião para esconder o fundamentalismo. É impossível saber a verdade onde começa ou termina a maldade de ambas partes devido a saga de poder. 
Até quando usaremos verdades mentirosas, para justificar o sangue contra nossos semelhantes? 
Sei apenas enquanto alimentarmos a xenofobia com nosso ódio, ou com a sede de colonizador capitalista estaremos mentindo pelo poder, inocentes não só morrerão, não saberão porque nasceram.

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