SOMOS, SEMPRE, (AUTO)DESTRUÍDORES QUANDO NÃO NOS PERMITIMOS AO (AUTO)SOFRER




 
Temos que deixar de, ao menos conscientemente, errar o alvo ( pecar - salvo engano, do latin) e humildemente reconhecer nossa frágil condição de ser incompleto,sobretudo, quando sem a origem e fonte perene do amor e, deste também, como mediador nas relações humanas. Especialmente se não nos permitirmos, ou seja, não nos conhecermos e aceitarmos-nos.

Pois consciente ou inconscientemente o nosso real eu é tão frágil que quase todo é jogado ao limbo do esquecimento e vivemos negando-nos, tanto nossa história de vida, como nossa origem. Assim, vivemos quase sempre de omissões, na melhor das hipótese, quando não de inverdades, medos e desabores advindos de nossa real vida, fenômeno ressureto a cada (auto)reflexo assistido em mero espelhos ou verdades faladas por pessoas que pensa que nos conhece.

E ainda, se não nos conhecermos e não nos permitimos pode ser porque somos medíocres em não acatamos a nossa real face, sem mácaras, ou maquiagens. E com estes substerfúgios negamos o que avançamos e o que ou onde paramos. O pior é que todos nos apreendemos atalhos e mecanismos de não nos confrontar, pois nos ensinaram meios de sermos suostamente felizes a apartir de nos (auto)negar e,sobretudo, impor-nos sobre ou sob os outros.

Sei, essa é uma dura palavra. Mas vejamos. Somos educados para sermos "os melhores", "os fortes", "os belos", "os maiores"(...) tudo na realidade, mentiras que no íntimo nunca precisamos, pois nada somos sem um ao outro, tanto físico, metafísico e espiritual. E ainda, essas inverdaes sendo a origem dos (de)respeitos as diferenças e a diversidade promovem em nós o (des)amor e o perverso hedonismo. O trágico é que boa parte desses mecanismos são inconscientes ou promovidos por pais imaturos, e/ou ainda que não tendo outra base de felicidade desde tenra idade, querem-nos como apenas seus filhos. E, sendo além "deles", sermos mera fonte inesgotável da felicidade, para eles. Vivem e nos colocam em um mundo, que não se desenvolveu, apenas, no máximo, cresceu como no meu interior se afirmava "a caboreto", uma forma de amadurecimento precoce de frutas em época imprópria.

Uma outra possível demanda da falta de não nos conhercemos, pode ser a internalização de uma falsa verdade de que somos os exemplos do parágrafo anterior, quais se encontram entre paranteses. Estas são falácias construídas socialmente, como citei. Entretanto, cada semente semeada precisa de boa terra (psiquê) propensa a aceitar o hedonismo, um amor egoista, narcisista; a semeadura só terá bom crescimento se o adubo além de permanente, seja também, manejada por mãos ábeis a enfrentar intempéries, ou seja, seja manipulado no mesmo sofrimento de inverdades. Aqui as personagens significantes para a criança( especialmente, os genitores) entram no processo de negar que a criança é frágil ou pequenina, colocando termos por exemplo "homem não chora" ( machismo); "tem que estudar para quando crescer ser gente" ( determinismo social, onde só o dinheiro traz vida digna); "A esperança é a última que morre" ( o final feliz holidiano, determinismo do destino) etc..

Na realidade, e aguardando as possíveis críticas, afirmo enfaticamente que o homem não só chora como é mais frágil que a mulher; que a maior forma de alienação atual é a forma em que a educação está sendo praticada, pois ela não passa de ensino para o mercado de trabalho, ela não tem ajudado o homem a se livrar de suas amarras e sim têm contribuido para que eles sejam aprisionado ao consumismo; a esperança está morta a muito tempo, pois nem nascemos e ao darmos nossos primeiros suspiros, já encontramos destinos determinados para cada um de nós, e aí de quem fuja está passível frustração de ser o espermatozóide e óvulo vencedores, porque seus pódios são serem condenados a sérias neuroses socialmente maturadas que têm apenas aumentado nossa densa névoa de cada dia, o ao ponto de nos cegar para o que e quem somos.

E ntão afianço,ainda, o destino é um cristal precioso que é preciso ser quebrado para que cada um de nós decidamos qual caminho que podemos trilhar. Percebamos que ao colocar no plural enfatizo que como bom cristão que sou afirmo que a a minha convenção em humilde dependente da misericórdia do filho ressureto, não salva além de mim, meus futuros filhos, cada um deles terá que quebrar seus respectivos cristais e se forem libertos dessa densa nêvoa, que aos poucos consigo me desvencilhar, eles se converteram humildemente a serem subordinados ao amor eterno.

Bem, nessa esteira de autonomia, vem-nos o mais importante. Portanto, se aceitarmos que somos seres inacabados e, assim aceitarmo-nos partiremos para a possibilidade de nos libertar dos medos, da morte por exemplo. Mas isso requer uma densa vitalidade, qual necessita ser abastecida diuturnamente. Cada dia, será inevitavelmente uma inspiração para cada redenção pessoal. Isso requererá além de uma boa (auto)análise, uma percepção consciente latente em cada sentimento que está a nós afetar a cada segundo. Um processo dialético perene ( tese-antítese-síntese). Parece impossível, mas não. É apenas assustador por ser desconhecido. Nos não nos conhecemos mais, devido a tantas imposições de máscaras, adereços e supostos poderes. Tudo na realidade desse mundo é virtual, observe ao seu lado e veja a soberba de um cidadão ao observar um mendigo; e este último, nega que pode um dia, se é que já não pode sair dessa perigrinação a busca de um pão. Todavia, este último, possivelmente pode com certeza ser mais feliz que o primeiro. Pois o bem sucedido, tem mais mácaras a serem destruídas para que ele se veja diante do espelho da alma. Já o pobre pode está até viciado a pedir ente tem menos medo que aquele a quem ele pede algo. O pedinte sofre e esse padecimento o traz mais próximo do que o mundo realmente é, ou melhor está pobre, caótico e adoecido. Fui romântico nessa última fala. Mas tudo bem. Voltemos:

-Se não tiverdes medo de sofrer as dores, que deixasses para traz, jogada no foço do inconciente ou as portas do préconsciente, e teremos, ao nos aceitar, acesso as resignificação do amor. O grande fator da vida que nos é ensinada a matar em nós desde tenra idade. Ele pulsa a sangue, suor e lágrimas. Mais é a cor da verdadade em sua real face de onde emana o paradoxo entre dor e prazer; amor e ódio; paz e guerra (...) Barroco é essa percepção, no entanto, é diante desses paradoxos que poderas dar mais ênfase ao um dos extremos, que sei que é o que durante a vida e não no fim apenas que os queres: prazer, amor e paz.

E esses, como todos seus derivados e subprodutos só nascem para os quais realmente sabem quem são, para que esses servem a liberdade. Pois como ter prazer com o sofrimento alheio? Amar alguém escravisado a você ou conquistar paz com a guerra? Para se libertar tens que conceder isso também ao que está mais dependente de ti. Senti a dor dele e acalentá-lo e não mais subjugá-lo.

Só assim, se libertando ao se conhecer é que nascerá em cada um a humildade de perceber que somos carentes um do outro e essa missão foi ensinada a pelo menos em a dois milênios. Não há mais espaço de tempo para não vivermos um para outro e, isso requer uma nova atitude. Qual será a sua? revolucione sua vida e assim estarás revolucionando o mundo.



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