BRASIL ASSALTADO PELOS MÉDICOS?

 
Nesses últimos dias o executivo federal recuou suas proposições junto a classe médica brasileira quanto ao Programa Mais Médico.

Isso talvez para possivelmente a fim de avançar com apoio de menor crítica da classe e por fim para melhorar a saúde no país?

Todavia tenho ressalvas. Uma dessas refere-se ao fato que a União desistiu de aumentar o período de formação dos médicos que seriam favorecidos em mais dois anos de formação. Que agora no novo modelo seriam a classe obrigada a contribuir com dois anos em residência médica obrigatória e em serviço do SUS em PSF ou outra repartição congênere. Por outro lado, o governo não recuou quanto a contratação de médicos de outras nacionalidades e sem submete-los a um sistema avaliativo.

Por este última postura governamental, uma resistência, tamanha que parece alimentar as contínuas posturas corporativistas pelos médicos, ou como eles querem que creiamos: Em nome de uma melhor prática médica e qualidade desse atendimento. Mas ainda, eles parecem quererem mais do que o governo já tem avançado, como já em outra ocasião em outra postagem, eu sinalizava: 10 mil é um salário já sem dedução no Imposto de Renda-IR; ; está acima significativamente da realidade econômica do país; e também o governo sinalizou investimentos para melhoria dos ambientes de trabalhos que, lembrei em outra postagem que é de responsabilidade do poder municipal e ainda tais profissionais receberam um título de especialista por tal trabalho prestado.

Enfim, creio que os dois dias de paralisação realizada pela classe na semana passada ( fim do mês de julho) foi na realidade um assalto ao poder público vitimando apenas a população, sim eles conseguiram ao menos impor ao governo que não estudem mais. Por que será que eles não precisem de maior tempo de formação ou não possam contribuir a favor das políticas públicas? Parece-me uma real postura individualista e portanto monopolista e corporativista, que em suma não contribui com os debates para um país democrático participativo, pelo contrário incentiva uma maior descompromisso com as classes historicamente desassistidas do país. Até quando precisaremos ser covardemente anti sociais das riquezas sociais conquistadas pelas políticas públicas?

Por crer que essa forma de democracia ( participativa) que queremos e afirmo que toda as iniciativas do governo por mais equivocados que possam ser, precisam ser contextualizadas. O Sistema Único de Saúde-SUS por exemplo é um avanço. O ato médico que a classe queria parecia minimizar esses avanços, por isso foi vetado em parte com a anuência de diversos representações de outros profissionais que também fazem saúde no país e como os médicos queriam, era um retrocesso por representar monopólio do poder sobre a vida de uma população. As propostas do Mais Médico, tem sim muitos pontos positivos, porque querem destruí-lo sem nem considerar as possíveis contribuições que ele representa? E muitos deles (os avanços do SUS) não dependem apenas da União pois necessariamente o SUS preconiza a descentralização com finança fundo a fundo, ou seja, os conselhos de saúde ( fiscalização social) de cada município é responsável por fiscalizar a utilização dos investimentos que tem destinos pré- estabelecidos, ou seja, não podem ser aproveitados em outras áreas. Portanto, saúde como qualquer política pública, ao público interessa, então porque os médicos não parecem querer contribuir para esclarecer o povo...

Mas os avanços deste programa não é falado pela classe apenas não o aceita porque fere seus interesses, e o do povo quem defende? Como também alguns deles não aceitam irem trabalhar em lugares mais longínquos do país ou menos urbanizados. E querem que nós que dependemos dos seus préstimos fiquemos reféns?

Querem parar de assaltar o país por favor? Sei que não é a maioria desses profissionais que nos contribuem para os equívocos do governo ( nas três esferas e poderes) mas os seus representantes também não tem contribuído para um debate franco e esclarecedor.

Lamentavelmente creio que eles tem contribuído para o assalto do país que historicamente significativa parte dos nossos políticos tem tão bem praticado. É inveja? Bem, retifico, esses político praticam mesmo é um furto desmedido. enquanto a postura de nos abandonar a desinformação parece-me um assalto. Todavia, essa postura é pertinente em um mundo competitivo e por natureza capitalista individualista. Então, marginal e que estupra o verme que as ruas rugia quanto a democracia participativa.


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