NARCISISTA E O EGÓLATRA: DOIS TRAÇOS DE PERSONALIDADE


Falando das formas de personalidade que freudianamente  sinto, penso e busco estudar entre a neurótica, psicótica e a perversa, vejo que é desta última que pode vir a haver um ser humano anárquico e revolucionário no sentido de estar aberto a transformações responsáveis,lembro do lema anárquico de sermos cada um líder em si.  Science* cantava "a um líder dentro de você, governe-o".

Parto da consciência que há um desserviço de demonizar certos conceitos sem necessariamente os acessar em sua completude e diferenciação. Na maioria das vezes chamam pejorativamente de  narcisismo o que no fundo é egoísmo. 

Um é belo e quando sabe dos limites disso mais sadios ainda, o outro nega que é feio em seus atos e mente tão bem que faz isso a si. Ambos sabem que seus extremos de postura levam a falência de todos o sistema biopsicosocioespiritual, mas só o primeiro acessa meios mais estruturais de lidar com a vida, porque tem-se mapeado no princípio da realidade. 

No narcisista, vejo como aquele que sabe de suas potencialidades e de sua perfeição vive. E não nega sua fragilidade.Necessariamente, desta busca vir a ser mais belo ainda, ao acessar o que lhe é débil para se fortalecer no que ainda não lhes é favorável. Geralmente, quanto mais sadio quanto a alto suficiência tende a não ser dependente ou persecutório do desejo alheio e, tão pouco nega sua mazelas, cada vez mais, tem a acessar meios de vida mais realistas e projeta para dentro de si seu olhar para ver onde tem a melhorar e até onde pode ir. 

Suas relações com o mundo e as pessoas parte de partilha e convivências com limites mais definidos. 

O que pesa é as pessoas que não se acessam para saber seus limites e muito menos seu traço dominante de personalidade.Pior ainda, são as que estão olhando para o externo e não para se ouvir ou ao menos sentir e responsivamente direcionar suas veredas.

Digo isto pensando que a maioria dos ególatras podem vir a ter comportamentos menos feios, ou seja, menos mentirosos. Geralmente, estes são tão maléficos que mentem a si mesmos. Pois diante de seus limites se assombram de modo tão dantesco que projetam no externo o que o limita e paralisa. 

Pois se os narcisistas não exigem do externo algo que é nele limitado, o ególatra espera que o mundo venha lhes dar o que crer faltar a si. Todavia, nada nos falta, ao menos a nós que não temos limites e restrições estruturais que podem esbarrar em barreiras que impeçam nosso transito livre e desimpedido. Aqui não nego que a sociedade tem inúmeras barreiras,até atitudinais para o pleno exercício social. Mas me refiro as personalidades, ou seja, a consciência de estar sendo ser responsivo de seus atos.

O ególatra penaliza-se duplamente. Ele ao não olhar para si, desconhece o que precisa avançar e evoluir. E ao projetar no externo seus limites compra uma briga com tantos outros perdidos em culpas. E estas só nascem de julgamentos e, estes, por sua vez sempre são determinadas por leis fadadas a castrar os potenciais com os limites, sem dialogar com nenhuma das duas. Então mata o mal com o bem. 

São personalidades, as ególatras, que são mais facilmente adestradas, pois vivem esperando alguém que venha reger seus destinos messiânica mente. Atua como condenado pedindo migalhas da compaixão e morre em vida. 

O narcisista, caso siga consciente de si, amará ainda mais a a sua integridade caso acesso seus limites e avance a evoluir destes. Mas caso não o ostracismo alienada o consumirá.

Em ambos casos e nos demais traços de personalidade menos evoluídos, os neuróticos sobretudo, carecem dessa alto acesso. Baseio tal perspectiva dando exemplo que até os psicóticos quando se acessam transitam satisfatoriamente quando bem acolhidos e a si direcionados.


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