COMO VIVER DAS PULSÕES DE MORTE

'Psis' de plantão, perdoe-me entrar na seara tão conturbada, à nível de divergências, principalmente quando é por mim confundida, mas gosto de pensar que sei algo sobre psicanálise.
Mas como sou passível de vossa crítica, esse é o maior intuito deste canal de comunicação, adianto-me.
Penso que a pulsão de morte nos matará indiscutivelmente, mas o pior é que até a pulsão de vida se rende a ela.
A cada dia fico mais grato ao meu analista pelo fato que ele me abraça à minha solidão. Explico-me, a cada dia que me vejo um pouco mais, mais sozinho eu tenho ficado, tenho renegado, temporariamente - espero - o meu eu, para vê-lo bailar, pular, 'pinotar' como um saltimbancos que não fui, mas que agora revivo, ao menos psicologicamente.
Como não ver isso como pulsão de morte, viver o passado no presente, morrer no futuro. Digo que se vivo o passado o presente morre, esse que deixa de ser o agora e 'a-futura-se' já morto.
Talvez seja, assim pelo primeiro fato, que nem brincando vejo agora e pouco tive para brincar. E quando tive foi por fuga da realidade, ou seja, como uma droga, ou um fugaz orgasmo, frívolos e hodônicos prazeres negam a real face em detrimento do ideal que nunca se deixa concretizar. Menti portanto, parece que nasci prematuramente morto.
Não se assusteis como tamanha verdade. Pois isso pode responder por que não consigo parar de relutar em nascer a cada dia, em cada sorriso, a cada coração apaixonado (...) Mas a tarde vem, crepúsculo se aproxima e toma-me em seus braços solitários.


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