PESSOA EM SITUAÇÃO DE RUA
Encouraçado com o manto
fétido, o frio não lhe convence do seu impacto. Sobre um mero aumentativo do
solitário papel dorme protegido pelo acre transpirar,parece saber que a alma não
lhes podem roubar.
Violado(a) por quem
deveria lhe amar, mas tal verbo é insano quando se depara com quem se fortalece
do(no) nada, da falta de tudo. Nega-se a vida, sobrevida por um sonhar:
Liberdade de (seu) mais um, único amanhã.
Violentado(a) por quem
se precisava proteção. Não confia mais nem em sua sombra, desconfia de tudo e
todos. Protege-se na sua única agressão: Pedir atenção ao ensurdecedor (surda
dor). Mas não uma mera atenção, e sim aquela que acorde aos que cegos ficam no seu
ego (torpor),em suas próprias dores menores e menos emergentes.
Abandonado(a) por quem
(também perdido (a)), ou melhor, a quem não pediu para nascer. Aprende nas
(das) faltas, ainda em sua comunidade (ou bairro), a roubar. Na cidade que se nega
lhes ver, nega pois ele não é cidadão. No estado que lhes nega um mero Certidão.
Já que querem que ele(a)
não nasça, apareçam. Ele(a) para ser percebido(a) à violência é sua proteção.
Aprendeu a parte da mentira do amar, ao se perguntar por que dorme no chão.
Vive sem crítica de o
seu padecer, ou sua libertação de nossa alienação. Valoriza um diferente modo
de viver. Porém não quer meramente morrer, sem nos ensinar a viver!
Como os que a ele(a)
ensinou que a vida é apenas sofrer, por isso andam sujos, parece negar a imagem
que a ele(a) construíram, para não mais se ver o que podem construir.Fedem a
medo de lembrar o odor do seu agressor :
Desumanizam-se a essa humanização cega, como animais baldios perambulam por ai.
É melhor que como os violentadores de almas sujas, já mortos.
Perambulam como folha
seca ao vento. Na realidade adubo de vida esperando um porto para descansar e
frutificar a vida. Sua intacta santidade não violaram, sua alma continua bela.
Encontram beleza em negar a humanidade que nega a pureza e grandeza da
inocência da infância, onde qualquer um morador de rua, mesmo o mais idoso
encontra-se regredido, esperando viver, a sua vida negada. São sim mensageiros
da liberdade.
A liberdade. A do fim
de todas as agressividades. De todas violentas necessidades. A livre das
desigualdades. A do louvor à diversidade. A de um Estado da diversidade de
cidadãos diferentes e por isso valorizados. Comunidades unificadas, onde
Famílias são espaços fomentadores da infância politizada e assim estimulada são
(as crianças) as primeiras estimuladas a propor seus desejos livres do
consumismo cego e para isso encorajados, e esses desejos sejam base da proteção
das leis e por fim, as crianças sejam chefes da nação da liberdade das
diversidades e das inovações.
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