SEXO, Pulsão de Morte
Parece-me que a cada dia queremos mais e mais sermos desejados.Umas
poucas, creio que não a maioria, querem ser sex
simbol.Outros, não tão poucos, serem a cada dia mais fortes fisicamente.Se
estes não diferentes das primeiras seguem a torto a direito os padrões
midiáticos ditados.
Há quem pode, em
suposta inversão de valores, aponte as fêmeas ao poder e os machos ao fogão? Se
é que esta inversão exista. Na realidade não deveríamos fincar-nos em
diferenças, não somos apenas construto de diferenças construídas socialmente,
mas com todas as capacidades para atuarmos em qualquer papéis?
O problema está nos
nossos modelos imputados pelos meios de comunicação que nos condiciona como um
mantra diuturnamente. Não tem limites o quanto nos querem como objetos
moldáveis, manipuláveis, em suma menos humanos.
Antes de nascermos já
temos nome, o que vamos vestir, onde estudar, trabalhar (...), somos criados
não para aceitar a diversidade das nossas naturais diferenças. Mas temos que
andar igual aos tidos certos.Não somos criados para conviver com as diferenças
e sim para nos diferenciar e o pior para sermos os mais fortes, os mais belos,
sempre o melhor (...). É o discurso do da dominação e não dos escravos, mesmos
eles, como os pais nos seus trabalhos, atuando cegamente sem crítica.
Temem nossas fraquezas
expostas, criamos monstros para o concurso da vida e anjos em domicílio?
Confuso? Sim, somos criados em mentiras, ou ao menos um ser com dois ambientes
que temos que atuar com as máscaras da inverdade. Dizem que querem nosso bem,
ou será o bem deles?
Por que temos que negar
quem somos? Temos que ser competitivo, ser namorador quando homem, e recatada
quando mulher? Por que assim somos ensinados? Dizem que é para nosso bem,
“melhor” para nós, quando foi que nos interpolaram quanto a isso? Dizem que não
querem que soframos, pois o resto do mundo não pode saber nossas fraquezas,
geralmente apreendidas a partir deles, ou até apenas deles, nem sempre podemos
construir a nossas fraquezas. Quase sempre descobrimos que elas não são nossas
e precisamos criar nosso próprio mundo interno, cheios de fortalezas e suas
respectivas fraquezas. O problema é equilibrar essas duas cabeças serpentinas,
para não apontarmos as nossas fragilidades nos outros, como os que não vivem
apenas sobrevivem apontando suas mazelas em terceiros.
Nossos erros são as
marcas que a vida emprega-nos para sabermos o que não queremos.
Ajude aos seus filhos
e/ou aos seus pais a conhecerem suas fraquezas, ou melhor, abraçá-las como a
dádiva da felicidade. Caso contrário ficar-se-á presos a erros que castrará sua
evolução, de perceber o que lhes agradam ou viverão a vida resmungando.Isso é
quando não se atolam em drogas ou depressões.
Mais também não limitem
seu senso crítico dos que reclamem, pois eis ai um fonte para sair da inércia
que os aprisionam, ajude-os a promover suas revoluções. Não pense, como a
sociedade da concorrência nos ensina, pois cedo ou tarde, você precisarar desse
mesmo empurrão, somos dependentes das críticas de pessoas íntimas, a crítica é
a vitalidade que nos impulsiona para morte de tudo que nos mata mansamente, ao
ponto de nos cegar afetivamente e crer que tudo está satisfatório.
Se não fizermos isso ao
outro, projetar nossa vida desatrelando das demandas dos outros, não
revolucionaremos a nos mesmos e não contribuiremos para que o mundo saia da
situação de objeto.
Objeto, as pessoas em
situação de modelo, do mais supostamente mais atraente, o modelo que a mídia
quer que atuemos.
Existem quem atrelem sexo
à pulsão de morte (para ver mais quanto a pulsão de morte ver nesse blog: “como
se viver da pulsão de morte”). A pulsão que é impregnada nos atos dos vínculos
objetal, da negação de si mesmo. Talvez esta pulsão é de certa forma, acessada
quando realizarmos um prazer profundo temos o desejo relaxar, após saciado.
Talvez ai existe outro
indicador de problemas. Muitos nunca gozam ou chegam a saciar. Entra a
compulsão, um círculo vicioso. Muitos por não conseguir vivenciar essa virtude
e desejam a morte de verdade: drogas, vidas vazias, depressões (...) Outros
buscam o gozo a torto e a direito e se tornam até nesta busca, objetiva-se,
prostituem-se em toda sua vida. Tornam-se escravo, muitos daqueles que querem
ser modelos estão desejando essa escravidão e nem desconfiam.
Provavelmente se
explique os que querem da vida trabalho apenas para serem exteriotipadamente
belos e bem sucedidos, como autômatos, em busca de sanar seu vazio. Mas como?
Se a eles não foi ensinado nada a que viver do erro ou confrontá-lo. Ficam presos
a padrões que lhes impulsiona sem destino de morte. Nessa muitos morrem antes
de nascer para vida, por não se conceberem dentro de um corpo envelhecido e
falecem espiritualmente antes dos 25 anos. Os que sobrevivem nesse padrão não
sabem nada da vida que têm outros fontes de prazeres e gozos.
Então como deixar cada
pessoa solta sem contribuir para seu rejuvenescer, para sua vida subjetiva para que ela saia de seus
próprios padrões, para seu mergulharão encontro com a liberdade do tudo que a
alienou e, principalmente,que isso não signifique, auto-agressão e extero-agressão, no processo
de sair da inércia.
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