MENTIRAS MERAMENTE HUMANA


Talvez seja o maior instrumento de dominação utilizada pela nossa suposta civilização – patriarcal e de estamentos. Mecanismo legitimador do poder que o humano supõe ter.
 Não que o homem europocentrizado não tenha sob seus pés as potestades existentes. Na realidade é exatamente o poder ao inverso.  O modelo de potencialidade citada é a maior prova de vulnerabilidade da espécie.
Ao deixar de ser nômade, os que pensamos ser nossos ancestrais, uniram-se para se defenderem e não para viver em harmonia. A título exemplificativo, subjugaram quem lhes punham em vida, a mulher, ou viverão desde então exclusivamente para  recompensar ela pela vida dada,  alimentando-a, talvez por medo que essa misteriosa não os tragassem em sua mágica potencialidade, advinda do inexplicável fenômeno do nascimento.
Em ambos casos, a escravizar ou amá-la, possivelmente devido ao contágio psicoafetivo  ao desconhecido, a origem do mal – a vida - , o princípio do fim, morre-se aos poucos deste nascimento, o homem sempre teme a mulher e não tem como não depender dela.
Ao sedentarizar dividiu-se em responsabilidades hierarquicamente para negar sua fraqueza originária - a advinda de fraqueza de não dar a vida, e para tanto buscaram na força física, crentes que ela não a pudesse desenvolver, colocaram-na abaixo da base, subjugada. Dentre os da suposta força auto se elegeram os estrategistas para comandar os brutos, apenas fortes. Os pensadores demandam, enquanto os grosseiros realizavam as necessidades dos primeiros, principalmente afastar a dúvida que era suscitada da indiferença e diferença feminina, esta que servia a todos e nisto calou-se a muito, enquanto tirou lucro, ou um prazer masoquista, ou ainda sádica?
Enfim se agruparam em nome de suas fragilidades de não poderem se autoproteger e realizar suas necessidades. Frágeis, necessitaram mentir para si e para os outros, sobretudo, como sinal de medo das diferenças, ou seja, devido a esse receio do outro, melhor da outra, a escraviza, a aliena e assim também aos mais que julgassem fracos. E ainda mentem E roubam a liberdade do próximo.
Assim, fincam-se as sociedades. As leis são escudos para afastar os diferentes pelas desigualdades; a moral para os alienar a não se rebelarem e os vícios para masoquistamente gozarem suas mazelas sofridas e maximizarem em seus descentes.
Vide a relação promiscua do mercado e o Estado, do qual se engendra diversos protótipos da degradação estrutural. Estas, retroalimentam-se na alienação cega do consumismo – deixando um subproduto humano - a da suposta ascensão aos bens sociais, porém na realidade cresce e não se desenvolve.
Talvez seja um dos maiores sinais, as mulheres consomem tão cegamente que parece ser uma compensação criada para as conter de sua submissão ao trabalho escravo, ao menos de três jornadas - se não contarmos as humilhações sofridas por elas em coletivos e nas integrações - a do trabalho, a do lar e a do família.
Claro os demais trabalhadores são também colocados em tais degradações. Porém as mulheres realmente parece-me sublimarem suas frustações no consumismo desenfreado. Cabe um aprofundar em reflexões.





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