CRISTO: O PRIMEIRO ANARQUISTA

Pensando em anarquia pensei no Cristo mitológico para uns, real para mim. Mesmo que possa apenas ser fruto de minha fé nele como homem, que um dia abdicou de toda potestade para se revestir da falibilidade humana e mostrar que ser anarquista é a forma que melhor se a semelha para viver harmonicamente consigo, com os demais, seja esses os da sociedade como a natureza como um todo.
Tentarei a partir de poucos exemplos que me apoiaram na minha explanação, na qual lembro que não apresentar opinião é sim uma forma de participação e sempre toda forma de atuar é tendenciosa, nada definitivamente é imparcial. Tudo é impregnada pelo contexto e a dinâmica que nos inserimos. É inevitável.
Nascer rei, dos pobres, para os pobres. Diz a Bíblia que um Rei, da família do maior dentre os reis judeus, seria erguido, enquanto os judeus ainda espera que venha com toda a pompa e circunstância de poder, os cristão creem que ele se fez carne para redenção de sues pecados. Mas ele assim se fez nascendo em uma manjedoura e vivendo de carpintaria do pai adotivo. Viveu como um entre tantos Jesus. Se fez igual aos subordinados à Roma, império que os seus discípulos conquistaria usando suas palavras de um ‘amor’, agora teologizado. No entanto sua doutrina era negar as riquezas e distribuir por entre os pobres e viver tribalmente. Onde todos e todas viviam negando a si mesmo, em nome do amor, ao próximo como si próprio.
Habitou entre pecadores e doentes. Na realidade não só esteve entre esses mas desse gostava, pois poderia está entre os maiorais de suas época, mas disse que não veio para os sãos e sim par os doentes. Curou e alimentou. Ou seja, empaticamente sentiu as dores dos seus semelhantes e os confortava. Mas nunca os incitou à violência e sim os apontava boas venturas. Como também não apenas dava-lhes peixe, sim os estimulava a repetir o pão entre si. E lembro que ele mesmo viveu pelo suor de seu rosto. E sobretudo, considerava viver em união como meio de vida, parecendo sinalizar que trabalhar e meio de sobrevivência.
Violento contra o acumulo de riquezas. Foi revolucionário em agredir e expulsar os salteadores do lugar onde cria santo. Mas também não se negou ao respeito à ordem garantida por um Estado, mesmo que Este seja, autoritário, exclamou, ‘Dê a Cezar, o que é de Cezar’. Parece assim não acreditar neste Estado que necessariamente se alimentava da miséria de seus irmãos. Isso provado em não ter sido político ou usado armas para acessar o poder. Lembremos que o seu divino poder ele negou para exemplificar meio de viver em equidade.
Negar a autoridade, advém do poder a qual pertence a ele, porém, ela não detinha para si. Ele distribuiu entre os que menos tinham doando pão, vinho, curas, milagre e especialmente suas palavras como base do amor e como viver dele.
Humilhar-se, sobretudo em morte de cruz, fazendo o mais miserável entre os seus irmãos mesmo crente e consciente de sua onipotência. Reafirmando que só o amor trará a paz entre os homens e ela, essa última, só se alcança com renuncia de tudo que é viciado em sociedade. E sobretudo assumindo um amor incondicional ao próximo e a causa de o ver feliz.


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