INFÂNCIA ROUBADA PELA CIVILIZAÇÃO


Oh que duros anos se afloram às crianças. O que estamos às doando. Será que se nossas infâncias foram trágicas precisamos replicá-la par os demais? Ou se fora um dádiva e não se desenvolveu até os dias presentes, ou ainda, se as benesses continuam a fluir por que não deixar os tais bons frutos par os pequeninos que virão?

Não será severa demais a punição que impomos a infância com futuras devastações ambientais. Além de a sociedade oferecer tantas faces das violências. Em algumas famílias, em grande parte, como antro de insanos desejos violadores, onde certos pais adoecidos ofertam seus sofrimentos como herança para seus filhos.

E o pior o mundo tem promovido degradação para supremacia do interesse do falacioso mercado livre, liberdade apenas da s grandes marcas, que etiquetam os indivíduos em objetos de desejos alheios. Coitadas às crianças que não podem nem optar por se libertar e quando um pouco maturo, poucos podem liberar-se mas a que preço?

Mas se o mundo alienado ao consumo não pode perceber que seu futuro e de seus filhos estão em ‘cheque’ no  tocante da qualidade de vida. Precisamos encontrar um meio de empoderar as pessoas desde a tenra idade.

De que forma se “dados preliminares do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),indicam que quatro em cada dez brasileiros (40%) que vivem na miséria são meninas e meninos de até 14 anos. Depois das crianças, o segundo grupo etário com maior percentual de pessoas vivendo em famílias pobres são os adolescentes. O número de adolescentes brasileiros de 12 a 17 anos de idade que vivem em famílias com renda inferior a ½ salário mínimo per capita é 7,9 milhões. Isso significa dizer que 38% dos adolescentes brasileiros estão em condição de pobreza.

Mesmo que apenas acesso aos bens, por si só não liberta, no entanto, a falta deles vulnerabilizam impedindo em muitos casos a possibilidade de saída do círculo viciosos da violência e por também deixar pouca margem para o empoderamento e, na realidade é fruto das violações e não o contrário.

Enfim as crianças precisam ser as primeiras a serem livres de uma sistêmica violação pois eles se essa saída são potenciais escravos do ciclo da perversidade criada em sociedade que precisa sobretudo de pessoas alienadas a pensarem que tudo está as mil maravilhas.

E é claro que não está nada bem. Isso para aqueles que não possuem pais que tenham carros blindados, ou morrem em coberturas, de casas encasteladas. Essas são as das maiorias de negação de direitos.

Não que direitos conquiste outros direitos. Quem nos dá noção de direitos são as nossas necessidades e desejos que são pisoteados todos os dias. A clareza que os desejos sejam observados e cultivados como libertadores são expressos nos sonhos que castramos as crianças. Será que por não conseguimos acessar a realização desses desejos, pisoteamos os desejos das crianças? Como um mecanismo duplo de defesa e de aniquilar a fonte da frustração?

Mas se assim for erramos o alvo, a criança não é a fonte da frustração, e sim a fonte do rejuvenescimento do desejo latente.

Porém não podemos ser ingênuos a esquecer que são os mais frágeis que são os mais vitimados no processo de civilização.

Então eles amanhã também frustrados pela violência podendo conhecer outra maneira de lidar com os lutos e sofrimentos não adoeceram. Assim espero que a maioria continue encontrando meios de (re)significar suas dores e perdas.

Entretanto não podemos cegar para aqueles que são grandemente violentados ao ponto de se instrumentalizar com a mesma agressão em nome de sua subsistência.

Claro que muito me condenarão, por está projetando uma defesa aos que não encontrarão outra coisa mais atraente além do nebuloso mundo marginalizado que eles e parte de seus pares são jogados.

Dirão também que defendo viciados e violentadores. Mas será que a eles foi dado um meio alternativo ou foi-lhe imposto um mundo totalmente que os castram em suas potencialidades e desejos?

Pense em um desejo seu, o mais intimo, sem precisar o afirmar e pense se pudesse o realizar e o pior não tendo alguém que você confie para lhe afiançar que lhe traria mal tal realização, ou ainda, você visse muitos se dando bem com tais atos, tal como os sádicos políticos ou pequenos marginais exibindo suas armas e conquistando bens matérias ou imateriais, como as mais belas namoradas. Você não o realizaria?

Se  você for coerente empaticamente e com  alteridade poderias perceber que não tinhas tanta estrutura de resiliência para sobreviver a tantos exemplos socialmente supostamente descredenciado, mas que no fundo todos sem exceção desejam poder. Pouco ou muito. E ele é o mal que corrói o pouco do eufemismo que restou da palavra civilização.

A maior virtude da criança está na inocência que vamos perdendo ou rechaçando em nome de uma suposta sobrevivência, onde nos esquecemos de que de pouco precisamos para viver dignamente, no entanto, adoecemos socialmente, ao esquecermo-nos de distribuir os bens de maneira mais equilibrada e equânime e promovermos diversas atrocidades conosco e com o próximo e sobretudo com o planeta. E assim vivemos nos jogando ao esquecimento de drogas lícitas, objetamos o humano tendo-o como objeto e o planeta como se não fosse nossa mãe de onde viemos e para onde retornaremos.




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