PERNAMBUCO CRESCIMENTO QUE NÃO É DESENVOLVIMENTO


Tentarei em cinco pontos observar e tecer uma mescla de louvor e crítica de com se dá as novas faces do socialismo em uma democracia prematura ou inconsequente e uma sociedade de sonhos capitalistas e pesadelos humanitários.

Bem para tanto avaliarei as posturas do governo atual de Pernambuco que vive um crescimento acelerado pela falta de percepção de que não estamos desenvolvendo, salvo engano o foço entre os pobres e os ricos se amplia sobremodo.

Claro os poucos críticos pensarão que me coloco cético e descrente. Mas acesso a bens perecíveis e descartáveis não é sinônimo de desenvolvimento é apenas uma máscara esfarrapada da continuidade cíclica do consumismo desenfreado e alienante que apenas serve para levar massificar certa dose do que poderia termos se todos tivessem os direitos iguais e a equidade desse acesso às pessoas as oportunidades. Porém esse consumismo leva a falsa percepção de bem estar, mas nem isso dura para sempre, frustração presente nos usos abusivos de psicoativos e seu vínculo com as diversas violência combinadas com esse uso e o planeta não tem mais espaço para poluição e degradação ou locais para se colocar os lixos e nos vomita em catástrofes ambientais.

Chego então a questionar a hegemonia do bem sucedido governo do atual governador de Pernambuco e também ovacioná-lo ante as conjunturas que foram jogadas meu Pernambuco. Observarei o Pacto Pela Vida referente à Segurança Pública; as gestões dos novos equipamentos de saúde; Os equipamentos e intervenção da Polícia; As novas buscas de fontes de energia para responder o crescimento e o novo transporte que movimenta a mão de obra pernambucana.

Afirmei que é bem sucedido o presente Governo não apenas pelo mais de 80% de aprovação, não questionarei que nossa empresa é cooptada. Pois o povo pernambucano e nordestino tem apresentado certo contentamento do momento do antigo Leão do Norte. Certamente o crescimento é percebido em todo o Pernambuco, em especial nas cidades pólos, essa sim, diferente do Recife tem maiores chances de desenvolvimento. Porém isso apenas ocorrerá se tiverem sorte de serem geridas por gestores que não governarem por interesses partidários. Todavia, não tenho esperança nisso.

Um dos louvores do Pacto Pela Vida é uma tentativa de transforma uma intervenção na segurança pública não apenas atuado pelos atores armados e sim busca promover um diálogo entre diversas instituições que abordam na prevenção com na repressão. E se isso ocorrendo um próximo governo para não acatar tal proposta terá que elaborar uma intervenção mais sistêmica que esta e a faça efetiva-se.

Porém, efetivar esse diálogo talvez seja o maior gargalo, necessariamente por sois principais motivos: A gestão dessa intervenção ainda é pensada na sua articulação pelos atores armados. E também, os narcisismos e vícios da burocracia impedem que a ação seja sistêmica. Ou pior, eles, os atores, sabem que o Pacto não é em sua essência preventiva, no cerne da palavra, pois o que necessariamente alimenta as diversas formas de violências para os que não precisam de polícia e sim de direitos garantidos, historicamente negligenciados pelo Estado ou por ele promovido.

Aqui pode-se confundir que a pobreza e a marginalidade com os promotores das mazelas que a polícia é a grande barreira que promove o  apartheid  social. Porém na realidade a pobreza é resultado da equação de diversas violações dos direitos fundamentais. E a marginalidade é uma forma que poucos dos pobres se deixam ser utilizados para sobreviver a suas pobrezas e desesperanças ou ainda expressão do que lhes foi ensinado pelo Estado, expresso no macro da sociedade e ensaiado no micro de todas as famílias: A violência do patriarcalismo, da internalização de violações pelas feministas quando alienadas, o adultocentrismo, ou seja, todas as formas de hierarquia na distribuição do poder e todas as pessoas calando e castrando a criança e o adolescente ao ideário do trabalho, como se esse não fosse escravidão.

Ou seja o Pacto é salutar para repressão, mas não tem atentado ou planejado para reduzir as desigualdades sociais que fragilizam as pessoas vulneráveis as colocando-as a parte dos verdadeiros benesses que a sociedade produz e além de afastá-las das poucas pessoas que lucram com toda  miserabilidade, uma verdadeira segregação de todos os pobres, os quais abarcam sobretudo os afrodescentes, descendentes dos nossos nativos e miscigenados com estes.

Seguindo essa concepção de extrema forma de histórica e repaginação da eugenia, da ‘limpeza’ (sócio)étnica e racial a polícia também é o maior instrumento dessa‘higienização’. A polícia além de serem distribuída de forma a garantir a separação social é também violada para também reprimir, ou exterminar.

Por outro lado, penso o que faremos sem os carros alugados para movimentar a polícia enquanto diversos carros estão sucateados. Ou com as novas estruturas que chamamos de Unidades Prontos Atendimentos – UPAS, onde as equipes que lá atuam são contratadas temporariamente. Nessas duas realidades penso que a equipe de pensadores do Governo assim procedem porque, no primeiro caso, os agentes públicos não têm o compromisso com o bem público e vandalizam e destroem as viaturas sem maiores cuidados; e no segundo, os profissionais da saúde como os demais que são concursados, ou seja, efetivos se utilizam da burocracia e da morosidade entre outras violações para não atender os paciente com o mínimo de dignidade. Dentre outros exemplos que possivelmente levou o governo a pensar alternativas para responder as demandas.

Assim fica gritante a importância da formação educacional de uma cultura participativa em detrimento do atual modelo representativo de nossa democracia. Na atual conjuntura é promovido o vício como forma de violações de direitos institucionalizada em detrimento de um empoderamento e (co) responsabilidade de todos os cidadãos.

Chegamos aos outros dois últimos pontos que por um lado é louvável a postura arbitrária do Governo, onde alguns do movimento estudantil proclamam de “ditador”. Um é o transporte público e a questão energética.

A primeira, em outras postagens já denunciei a perda do Veículo Leve sobre Trilhos – VLT, no qual teríamos um deslocamento mais velos, seguro, barato e esteticamente superior e menos poluente, degradante. Mas em detrimento desse modelo teremos o modelo antigo dos ônibus. Na atual escolha do Governo, não percebi amplo ou pouco debate público promovido pelo Governo e penso que os grandes empresários cooptaram o Poder Público. E o pior que também continuará tendo duas políticas, como o Direito, uma para os pobres e outra para os ricos.

Isso também, creio, que segue o mesma articulação mercadológica na demanda energética. Em detrimento de diversas potencialidades de fontes renováveis e seguras e não tão inacessíveis, como querem que creiamos, vide as fontes eólicas que promovem eletricidade no Ceará ou parte do município de Gravatá, no Agreste de Pernambuco, teremos em breve uma termoelétrica no Litoral Sul e o pior uma Usina Nuclear também tem sido pensada. A primeira é uma gritante violação ambiental, tão imponente como o Porto de SUAPE,  mas sei que não tão indispensável quanto o porto, mesmo que esse poderia ser instalado com maiores  cuidados ambientais. Já a segunda possibilidade de fonte energética, se não tivéssemos tanta insolação, ou outras possibilidades menos perigosas pode ser que uma usina fosse a melhor escolha. O pior é que a população parece ser dispensada para dar sua voz e voto para temas tão profundos.

Então,  o Governo parece que para responder a falta de políticas de Estado quanto a segurança pública propõe uma intervenção teoricamente de promoção de transversalidade entre as politicas públicas que sofrem de falta de empoderamento dos atores, ou melhor, da percepção de que tá no corpo a corpo com a população tem tanta (co) responsabilidade quanto os Governadores. Fato que ocorre na saúde que o Governo tem que optar por uma (pseudo)privatização dos atendimentos. E essa falta de uma democracia participativa fere a possibilidade de alteridade democrática pois o governo fica mais fragilizado sendo passível de ser dominado pelas leis do mercado que invadem até os ordenamentos jurídicos que tornam-se omissos ou impotentes diante de tantas violações como o não ao VLT ou a termoelétrica ou a usina.




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