SOCIEDADE CIVILIZADA O PRIMEIRO E MAIOR CRIME CONTRA A HUMANIDADE


As violações, agressões e violências são meios que se sustentam essa sociedade e se expressam em escravidão da vida da maioria nos filhos, produtos de estupros, abusos e explorações sexuais.

O ordenamento jurídico é a maior defesa dessas agressões contra a humanidade.  O meio jurista é a forma instrumental prático para negar as omissões, negligencias e violações do Estado. O frustrante favorecimento da pequena parte da sociedade e a alienação viciante da maioria. O sadismo da sociedade civil organizada  parceira no silêncio diante tanta miserabilidade. A promoção das famílias de um ciclo de continuidade da das suas próprias feridas e mazelas. E por fim a grande vítima a própria vítima, geralmente alvejada desde tenra idade. Ora por omissão dos pais ou responsáveis, negligência ou atuação perversa, ora , em mínimos casos, creio, por falta de preparo de cuidar da dignidade do desenvolvimento de crianças. Mas despreparo provável nos casos do adolescer iniciada na puberdade.

Tentarei explicitar o que pretendo apresentando um breve estudo a partir de caso empírico por mim observado. Um caso de uso compulsivo do psicoativo crack.

Tudo inicia na família. Filhos que não dispõe de pais ou responsáveis com tempo qualitativo para atentar para as primeiras formas de interação da crianças com os próprios e os outros irmãos e demais familiares. E também os filhos quais seus pais não nutrem entre si relações estruturante afetivamente dificilmente não contaminará a formação de caráter e personalidade desta criança. Perceba que não é tudo necessariamente provocado pela família ou os genitores, e sim como a criança posteriormente (re) significará as relações onde ele foi primeiramente formado e,  sobretudo como suas necessidades são saciadas.  Aqui me cabe lembrar que temos que pensar no equilíbrio, ou seja, adiar o prazer da criança de maneira saudável ajuda mais que saciar todas as demandas dela sem ensiná-la a frustração como meio de que ela um dia terá que aceitar e encontrar meios de mediar com os outros indivíduos suas satisfações. Isso é feito caso a caso, uma mediação social ensinado a um filho necessariamente não servirá a outro.

Se essas necessidades e as formas de saciá-las não forem trabalhadas na primeira socialização familiar, a criança na segunda socialização,  que comumente vem a ser ofertada em ambientes de ensino, terá maiores dificuldades não só para se socializar mas para viver em sociedade. E possivelmente ensaiará um narcisismo ou ampliará suas baixa autoestima, na primeira por ter tido tudo quando queria e a segunda possivelmente diante de pessoas significativas ( pais por exemplo) ausente ou frágeis em termos de afetivos entre  si.

Na escola estes dois extremos por exemplo ( narcisista e o de baixa autoestima) ambos sofreram de acordo com sua fontes inatas de lidar com essas estruturações servem como sintomas e  podem ser sinais de tentativas de adapta-se, no entanto, como não lhes foram dado acesso a algo harmônico, equilibrado pode desenvolver dificuldade reais de lidar com a vida e assim pode carecer de suportes para interagir com o mundo já que consigo não teve êxito seu inconsciente ou algo que valha o impura para saciar a falta que lhes são peculiares.

Assim muitos são levados a manter relações não consigo e com as pessoas pois se mascaram com meios supérfluos e ai pode se instalar um patologia, isso se os sintomas não foram percebidos e resignificados para uma vida (sócio)afetiva estruturante, ou os meios onde a personalidade se desenvolve não o apoio ou atentou para as demandas subjetivas daquela criança.

Muitos desses podem cair nas garras de psicoativos como o crack. E se assim for, dentro dessa modalidade apresentada até então pode ser um falha da família. Omissão ou impotência da escola e profissionais onde esse agora adolescente se formava para a vida do trabalho.

Mas a omissão, descaso ou descompromisso, melhor desamor não necessariamente fica nestas instituições (família e escola), mas também a comunidade. Essa como vítima também, pois a poluição social e estética das pessoas que são usadas pelo consumo do crack violenta de diversas maneiras a toda comunidade onde ocorrem as bocas da pedra.

E assumindo maior amplitude de violações, atuam a mão armada do Estado, na repressão como não deveria de ser diferente, pois prevenção é uma questão onde a polícia não deveria ser chamada por que a muito ela demonstrou que apenas sabe violar os Direitos Humanos.

Assim o Estado diante de um caso tão amplo como os viciados ou doentes entre aqueles que fazem usos compulsivos do crack o Estado quando acionado ainda se utiliza na posição de (re)vitimizar aquelas crianças ou adolescentes e criminalizar quando jovens ou adultos. Vide a prática do Governo de São Paulo em distribuir por toda a megalópole os adoecidos da ‘Cracolândia’. Isso,  sobretudo por que a diversa rentabilidade do tráfico de drogas pelo simples fato de ser superfaturado devido o vínculo dessa ação criminal com o de armas, pessoas e órgãos os que movimentam mais de 40% do dinheiro no mundo.

Portanto, o Estado usa suas instituições para garantir que a civilização seja o grande ‘lobo do homem’ e se afiança em sistema jurista apático e segregador, basta ver quem se encontra desumanizado no sistema penitenciário. Um legislativo que decide em conta própria. Um executivo um grande sádico, que sabe da ferida, mas que prefere calar e até lucrar com isso. Para tanto apenas, por exemplo, fomenta uma rede de ensino que nunca chega a ser educação, e ensina apenas para o trabalho. E esse dependente do Mercado que por sua vez escraviza não só os trabalhadores pela mão de obra barata, mas também para o consumismo que concebe ao homem uma errônea sensação de liberdade. E assim, mata qualquer possibilidade de vida.

Enquanto isso as vítimas desse sistema denunciam que somos tão selvagens que vivemos matando-nos uns aos outros, outros calam e culpam Deus ou o Estado e nada fazem. Esses religiosos ou mesmos os céticos acreditam em algo sobrenatural, o primeiro, e o segundo a um certo determinismo, talvez ao inatismo, não percebem estes últimos que isso assemelha-se a uma forma de eugenia que tanto ainda dizima pessoas, nações e etnias preferidos pelos pseudos defensores de Direitos Humanos que preferem denunciar questões externas. Como se aqui no Brasil não tivéssemos nossas próprias desgraças e indignações.

Enfim afianço que essa civilização que ai está necessita da verdadeira face dos seus atores e isso não se faz sem participação e empoderamento. Para tanto não se tem possibilidade com esse ordenamento hierárquico e não transversal. Explico, quem disse que algum juiz pode sentenciar um Deputado ou Senador, existem tantas possibilidade destes políticos desmandarem e o pior eles mandam no que o executivo fará ou deixa de fazer. E a transversalidade não ocorre, pois, não existe diálogo, sobretudo, por que a população só é chamada a apontar o que crer certo e errado pelo voto.

Quanto à desumanização fica gritante nas estatísticas de crimes letais intencionais que são maiores que as guerras; ou os índices de uso psicoativos lícitos como forma de sobrevivência ou fuga; ou ainda os altos índices de abuso sexuais quase que sempre incestuosos. Portanto que civilização é esta? E se o Estado se não é o maior promotor é o mais impotente em oferecer harmonia às pessoas e garanti-la sem concordar com a escravidão no trabalho e a alienação das pessoas ao capitalismo. E para tanto oferece álcool como o maior catalizador de sofrimento e ao mesmo tempo promotor das várias expressões da violência.




Comentários

Postagens mais visitadas