HOMO HOMINI LUPUS


Mundo rico, não é onde todos andam em seus possantes carros, tão velozes quanto poluidores e sim em transporte público, coletivo e de fonte de energia limpa e  renovável. Seria uma realidade tão linda e harmônica como a utópica alteridade democrática, onde a cultura de paz venceria a famigerada lei do empreendedorismo.
Mas alguém um dia praguejou “homo homini lupus”, o eloquente homem que se apropria do poder de produção do outro, na realidade selvagemente o devera tão friamente que goza com a desgraça alheia, em prazer sádico em detrimento do hedonismo.
Na realidade ele é antropofágico e autopofágico, pois na realidade temos nos consumido de maneira bárbara, principalmente que não somos mais regidos pela lei do poder e sim pela relação de dominação. Nesta interação somos escravos um dos outros e de nós mesmos, como querem que creiamos. No entanto, nossos desejos são o desejo do outro, que nunca é para nosso bem.
Salve engano um que goza com a miséria do outro, ambos estão sofrendo. O primeiro de princípio do prazer que não conhece gozo que o satisfaça e o segundo do princípio da realidade que se não sair desse ciclo perecerá em eu vazio. Este teme a falta que sempre se sacia aos poucos e talvez isso o liberte e aquele se sufoca em vazio maior que é subjetivo. Parece-me que o segundo, tenha mais propriedade para sobrevivência em tempos que o empreendedorismo tornou-se eufemismo para trabalho análogo a escravidão.
Mas, prontifiquei-me a praguejar contra a riqueza. Ao mal que é o capitalismo e sua face ‘neocolonialesca’ onde temo que tudo irá findar em guerra declarada para além das civis não oficiais, vide a violência que se alimenta o tráfico de drogas para as novas burguesias ou ainda a venda de jogos sexuais, na realidade abastece a rede de pedofilia e exploradores comerciais sexuais de crianças e adolescentes; ou observe ainda, os autos índices de mortes no trânsito por uso abusivo de etílicos e seus derivados; se não acatares tais estatísticas vejamos os exércitos de subempregados que trabalham como escravos para sub existência, neste último exemplo é só pesquisar as mortes por acidentes de trabalho ou invalides e verás o quanto a não distribuição das riquezas justifica o meu voto contra qualquer forma de ostentação.
Não quero afirmar insanamente que cada sociedade tem a realidade que merece. Esse sentimento a muito me iludiu. Principalmente por que os mecanismos de questionamento e de movimento das pedras do tabuleiro, porém toda a estrutura já vem viciada. Estamos em uma democracia que mais se assemelha a plutocracia. Ela se diz representativa, mas quem representa quem?
Pergunto-me quando foi que um político escutou a população para saber dela o que ela espera dele. Temos um exemplo do Orçamento Participativo-OP. Bem, minha geração ou diversas outras não lembra de algo tão próximo da função do vereador como esse Programa. No entanto o OP, geralmente é apresentado ao povo com limites, onde ele que decidirá a obra que o executivo irá efetivar. O mal encontra-se no limite, tanto técnico, pois a população geral pouco conhece de execução de um obra ou ainda do impacto na prática da mesma tanto na pragmática e necessidade efetiva da obra como também tem pouco acesso as formas de financiamento da mesma. E nesse ponto, que geralmente acontece as grandes falcatruas. Seja de ordem de empresas que os políticos estão presos, pois comumente estas financiam as campanhas eleitorais destes e, também não é difícil de imaginar 

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