As drogas mais potentes dessa sociedade: “A sociedade cria seus doentes, mas não cuida deles” (parafraseado de uma companheira do Movimento Sem Terra)



            Lendo Terapia Social de Marcos de Noronha, provoquei-me a perceber que com a etnopsiquiatria, apresentada pelo autor, os contextos se não são deterministas na interação do homem consigo e com o mundo circundante inexoravelmente  ensina-nos que a vida se (re)significa a cada um ser vivente, a partir do estagio de caráter, personalidade, humor e demais demandas fisiológicas em perfeito conflito em enigmática dialética dinâmica em relativismo contextual. Ou seja, o biopsicossocial e espiritual em contínuo desiquilíbrio na busca de equilíbrio permanente.
            O contextual que se refere aqui, prematuramente se repagina a cada momento e espaço, como também, todos e tudo em interação tão complexa que não consigo refletir aqui. Em suma, tudo nunca, repete-se ou retorna ao mesmo meio ou objeto, ser vivente ou inanimado. Como já sinalizei em anteriores provocações, referentes a como se deve perceber os direitos humanos: contaminados pelo contextos, mas que esses são pertinentes tanto aos viventes pensantes, como aos não pensantes a nosso nível de suposto intelecto, mas sobretudo aos não viventes a partir de nossa paca noção de vida.
            Penso com isso, por que será que se encontra em cada corpo de mero vivente todos os elementos constituintes no globo. Será um sinal para além da mera biofisiologia, algo transcendental ou a partir disso explicado.
            Mas isso pouco explica, ou melhor,  excede ao que provocou-se aqui desde da capo  quando se referia a sociedade que padroniza formas desde o respirar as formas de coito. E sendo, desde mais elementar processo ao mais complexo, um pouco que se afaste do conceituado como “normal” é carregado por diversos determinismos que alimentam leis e fundamentos do errado, ou seja, regras baseadas em sim(s), mentiras para condicionar condutas impossíveis de serem atuadas pela maioria a quem é ofertada poucas reais possibilidades para vivenciá-las. E não(s) para castrar qualquer vida digna.
            Saliento que essa dignidade é objeto de raro acesso, como também mecanismo de segregar a grande maioria para atolar-se na pseudoloucura de viver a partir do trabalho, da alegria a partir do dinheiro, da paz a partir da mera religião tudo isso em detrimento da diversão e ociosidade; da simplicidade e comunismo; total liberdade a partir de um amor sem outro deus que não seja o do amor incondicional.
            Bem, todo que a falaciosa civilização apregoa nada mais é a carnificina para o favor de algumas centenas possam desfrutar sua psicose perene. A sociedade escraviza a todos com diversas formas de psicoativos. Modo de viver arbitrada por mentiras e respirar por poluição rica suas formas imensas de catástrofes, afim de abarcar os altos níveis de neuroses.
            Em meio à neurose e psicoses esquecemos que a maioria dos ricos, fui generoso? Todos! Sim eles estão categorizados como perversos. Então se eu cresse em categorizações, mas estou mais próximo aos etnólogos que deixam as diversas formas de existência coexistirem para o bem da natureza. Mas, tal eles, pensemos, ou provoquemos. Sendo eles, perversos, os que detêm o poder e sendo a minoria, lembro-me da lei da sobrevivência, a da selva, os fortes acima da cadeia se alimentam da fraca selvageria dos demais.
            Os que não se enquadra nessa regra são segregados, ou melhor, eram. Agora com as supostas intenções de socializações ( antimanicomiais) os que são medicados são jogados às frágeis possibilidades dos familiares destes apontados como doentes mentais, creio que com a frágil possibilidade de cuidar dos seus neuróticos como podem responder as demandas dos psicóticos? Parecem, boa parte destes, mantidos como zumbis, em suas contraindicações reacionais advindas dos lucros para os industriais fármacos.
            Tudo se medicaliza, tudo se vende, tudo se prostitui e dignidades são divisórias para equilibrar as diversas formas de vida medíocres.

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