ENSAIO PARA CONCEITUAR DIREITOS HUMANOS
Direitos
Humanos – DDHH: Tudo e o nada para os platônicos. Por sua vez, pensando pelo nietzscheano
crítico, em peculiar forma de conceber psiquismo, parte para além da moral
fétida que nos concebeu os teólogos escravos do poder político.
Isto,
traz-me a consciência, um Herrara Flores, em seu “diamante ético”, determinismo
dos contextos que embebecido com a história de vida de cada indivíduo que não
nega o contágio com o passado deste, para pensar no futuro do mesmo humano em
questão.
Mas
isso é pouco, pois quero ir à criticidade floreana, no que concerne este
diamante ético atrelado a liberdade não estática pensada pelo Bobbio, a qual
coloca esse livre arbítrio para além da dialética em eterna redescoberta, ou repaginação
desse direitos subjetivo, ou seja, o desejo/realização do ser livre.
Precisamos,
portanto, perceber os DDHH, como tudo na vida, para além do curto e simplório cogito cartesiano. No qual, apenas a
racionalidade como base para as ciências. E sim, não só eleger, em detrimento desta
racionalidade, como foço inesgotável para as práticas científicas que desejem
ser ricas, como a diversidade da natureza terrestre, ter a psicologia como propõe
Nietzsche, vê-la como mãe, comparada
como os sistemas galácticos, a ser desbravada pelas demais ciências, filhas da
riqueza da primeira ciência por é essência. Porém, eu também sou suspeita para
afirmar isso sem afetação.
Mas
ao menos, tentemos conceituar os DDHH. Então voltemos eles são tudo: Uma real
utopia. E o nada: Uma hipocrisia demagógica, pois por interesses sórdidos eles
ora convergem e ora divergem de acordo com os interesses de quem os podem utilizar
em seu bel-prazer. Eles dialeticamente e, apenas assim atualizados aos contextos
que eles são violados.
Bem,
eles são divididos didaticamente, e apenas por isso, em gerações (Direitos Civis e políticos – 1ª; Direitos Econômicos,
sociais e culturais – 2ª e por fim os Direitos Ambiente Saudável e Sustentável –
3ª geração), isto por que eles se alimentam e retroalimentam, pois fundamentalmente
não existem um sem os outros. E por isso, também, auto anulam e colidem-se,
então são indivisíveis e interdependentes, tudo para que as violações não se
perpetuem. Portanto, são também universais, pois propor-se que seja a todos,
não só os que respiram mas tudo que é contido nesse planeta, como parafraseando,
Arendt, todos tem direito a ter direito; todavia, mais que isto, ter deveres e
sobretudo, direitos negativos (ações afirmativas) paralelos aos positivos, ou
seja, o meu direito não pode cessar em detrimento do seu, eles tem que
comungarem em congruência e não concorrentes. Todavia, negativos quanto aos
direitos individuais, pois em nome dos direitos das coletividades os primeiros
devem ser refletidos após os segundos.
Assim,
chega-se a um adendo, não podemos falar que somos todos iguais étnico e racialmente,
como miscigenados apenas, por exemplo, primeiro somos, em título de ação
afirmativa, diferentes em exercício de diretos iguais. É preciso ratificar que
temos direitos às diferenças ante as históricas violações.
Entretanto,
essas conceituações na realidade são frágeis e insuficientes pela simples base
filosófica que nos filiamos: O dualismo ideal/real platônico e ainda, a razão/ emoção
rechaçada pelo cartesiano. Rechaçamos a isso, evoluímos em uma fusão da
dialética a o relativismo existencial, aonde se chega a um possível conceito “metatemporal”
dinâmico movido aos contextos, ricos em cada relação espaço/tempo/objeto/indivíduos.
Isso tudo mediado pela empatia, da qual pode se produzir alteridade e se o encontro
for para cessar o egoísmo, então, é em nome do altruísmo, como alternativa ao
futuro ao planeta e não apenas para os tidos humanos “civilizados”. E sim, com reflexões a partir dos contextos
de contínua negação das diversidades, pois, negação da cíclica cultura de paz.
Comentários
Postar um comentário
Os comentários serão de primeira e última responsabilidades dos seus autores. Portanto, esse espaço é para uma criticidade respeitosa e colaborativa. Então sejamos éticos. Obrigado por partilhar suas opiniões.