HOMEM: UM SONHO DE EVOLUÇÃO A PARTIR DA CULTURA DE PAZ.
O
homem, não só o ocidental, parece super dimensionar suas demandas mais desumanizadoras. Vejamos por exemplo à extinção
da infância e de seus jogos como se esta fosse abominável, isso podemos ver na
suposta evolução dos jogos que na infância são, no discurso, sociabilizadores
na adultez é mobilizadora de rivalidade e esta de razões de mútuas violações e
quase sempre violências. Visto que violação é um eufemismo para abrandar o
termo violência.
Porque
será que muitos dos infantes odeiam a ideia de ir à escola. Provavelmente eles
sintomatizam as insatisfações dos contextos que suas pessoas significantes lhes
educaram. Ou seja, com o intuito de utilizar a o ensino acadêmico para a guerra
do mercado de trabalho, os pais ou as pessoas significantes para as crianças
consciente ou inconscientemente educam a todos desde tenra idade a escravidão
que lhes aguardam.
O
esporte que une pelo menos a dois grupos opostos são mobilizados pelas suas
frustrações a gladiarem-se contra qualquer comportamento do opositor, seja os
esportistas ou dos torcedores rivais, tudo pode se transformar em estopim para
batalhas sedentes de sangue.
Lembro-me
que a rivalidade é semeada desde cedo, irmãos podem isso irmãs aquilo, adultos
podem e crianças não, além de nascermos para um mundo pré-moldado que pouco se
pode alterar e quem o tenta é desde cedo perseguido e a maioria rende-se e
aliena-se. Ou seja, os pais que assim procedem mostram-nos escravidão dos
dependentes aos independentes, estes determinam, arbitralmente ou não, o que e
quando os primeiros irão e vão ser e quando este objeto pode realizar o sonho
de seus pais ou significantes são jogados em outras formas de escravidão, hoje são
as diversas formas de negações de que somos submetidos ao mercado, e somos levados a crer como único caminho a
seguir como significante, a busca da renda a todo custo, a uma nova
dependência: o dinheiro.
Idealizo
que os membros de cada família dialogassem meios de efetivar a igualdade e não
apenas ela nas diferenças, porque não precisaríamos de ações afirmativas para
garantir a cultura de paz a partir de imposições, pois todos amam a liberdade
da equidade. Sonho que pudéssemos ver as torcidas gritando uníssonos pelas
belas jogadas e não pela vitória. A que os exércitos lutassem para harmonizar a
natureza a sobrevivência digna a todas as pessoas independentes de raça, cor de
pele, ou interesse ideológico.
Para
isso, necessariamente carecemos de novas formas de reviver o amor. Não
resignificando-o e sim diversificar as formas de vivê-lo. Mas ele como meio único
das interações e, estas últimas, ser diversificadas. Ou seja, que venha ser explorado
o amor ao extremo, como mecanismos de aproximação das diversidades e o amor a
medida da igualdade de direitos.
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