PAZ: UMA SAUDAÇÃO AO NOVO ANO



Existem pelo menos três fontes de paz que eu conheço. E a cada uma destas um sintoma dela ser base do ideal desta que se concretiza no real.
A primeira a ser exemplificada é de fonte externa, a segunda interna e a terceira a interação destas primeiras. Mas ei de buscar louvar esta última, por crer que somos um só, ou ao menos originários de uma origem única: O amor, que não só nos une, mas também é base da humildade, desta empatia e em suma, da alteridade altruísta. E por fim, em dinâmica melhor expressa na dialética que por sua vez, perfeitamente se visualiza no movimento perene e contínuo do passado, presente e futuro. Movimento que necessariamente não sabemos indicar quando uma termina para iniciar a outra, talvez sintomatizando que tudo e o nada se misturam e resignificam.
            Bem, a paz que tem sua origem externa, a dependente da qualidade dos fatores externos parece ser carente de verdade da pessoa que a sente, ou seja, do que a pessoa entende-se de si mesma e do que venha ser a paz, de seu conceito.
            A segunda, a da fonte interna, parece-me ser egoísta e por isso renego-a, por que a bem da realidade, é fonte de fundamentalismos. Pois amor é a origem da paz, então como pode ser exclusividade de quem a sente? Impossível ser verdadeira sua utilidade.
            Enfim, a dialética da que se interage com o contexto considerando as potencialidades internas, porém respeitosa das demandas externas. Essa sim reconhece, humildemente, ser parte da natureza humana e por isso riqueza doada a ela própria e dela retroalimentada.
            É essa que pretendo louvar, pois para que serve o conhecimento sem que sua publicidade venha gerar melhor vida a todos sem distinção de etnia, cultura, sociedade, comunidade, família ou especialmente o indivíduo.
            Assim como conhecimento, a paz que em tese, como sinalizei deve ser dinamicamente vivida e potencializada na interação do indivíduo com o coletivo em harmonia, precisa ser exercida, pensada e refletida pela e para o amor entre todos os viventes sem distinção.
            É sim, permanente faculdade espiritual, psicológica expressa no social que se retroalimenta em cada indivíduo. Pois paz não é cega a negar amor como base das relações não apenas entre as pessoas, povos ou nações. Mas, sobretudo, entre os pensantes e os que não professam nossa suposta inteligência ou beneficiários da nossa intervenção sobre a natureza. Ou seja, considera não só respeitosa ou responsável na interação com tudo que existe no planeta e sim considerando como indispensável vivermos em harmonia com tudo e não apenas com todos.
Sem isso não pode e nunca haverá paz.

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