O irrigado no Vale do Sertão São Francisco: Crescimento ou Desenvolvimento?

Quem ainda não tomou maiores informações da realidade de crescimento do Sertão irigado do São Francisco talvez não conheça a cidade de Lagoa Grande que se encontra dento de uma área de isentivo federais para o desenvolvimento.
Talvez se pergunte porque usei apenas crescimento e não desenvolvimento. Mas essa é base de minha tese crítica aqui apresentada. 
Encontrei-me em exercício profissional e ativista em direitos humanos na região. visitei no dia 22 de maio deste ano o Distrito de Vermelho, parte da Cidade Lagoa Grande, localizada as margens do São Francisco, existe uma ilha onde se desenvolvia a Tribo Atikum e hoje na ilha desta nação indígena tem se desenvolvido fruticultura produzida por não índios; e também  no resto da cidade uma das maiores, se não a maior, produtoras de vinho de exportação do Brasil.
Bem, como citei dos Atikum restam apenas um pequeno barquinho com as inscrição Tribo Atikum, estacionado no leito do rio. Em entrevista com profissionais da educação foi denunciado que esta tribo se deslocou para a Cidade de Belém de São Francisco sem razões por estes profissionais desconhecidos, mas eles especulam que a falta de insentivo e a pobreza os expulsaram. Porém, salientaram que os nativos desejos de voltarem a viver na Ilha do Pontal onde se encotra uma igreja,cemitério e um caminho de pedras por dentro do rio como sinais da ascestralidade dessa tribo na area, parece serem afastados dessa pretenção pelo INCRA e outras instituições. Todavia, foi percebido que no Distrito muitos munícipes possuem traços biotípicos visíveis dos nativos.
Já a realidade desses não índios residentes no Distrito de Vermelho e outras regiões rurais da Cidade de Lagoa Grande necessariamente sobrevivem do cultivo da uva e do beneficiamento do produto dos parerais para vinho tipo exportação.
Nessa realidade que deveria ser sinal de desenvolvimento não passa de um questionável fator de crescimento, ou seja, uma velada nova forma de colonização.
O grande explorado trabalhador recebe apenas um salário mínimo, não conta com um sindicato que os defendam e muitas crianças são exploradas para vender o refugo (uva de terceira a quinta qualidade) das uvas que não são selecionadas para a exportação ou para a vitiocultura. Como também pequenos produtores perdem suas pequenas porções de terras cooptados pelo latifundiários para vender sua mão de obra boa e barata.
Tudo isso a partir e em detrimento de empreendimentos da Boticelli, a primeira a beneficiar-se do irrigado do São Francisco única área do planeta que produz duas safras do cultura que depois as  multinacionais só ampliaram. Estas multinacionais que impõe ao poder público omissão que vai deste facilidades fiscais e obviamente a negação da maior parte do lucro que necessariamente é enviada para fora do Estado de Pernambuco. Um sinal de impotência deste Estado é o fato que a Enoteca construída pelo próprio Estado, e está fincada na parte mais alta do Distrito de Vermelho encontra-se a espera de inauguração enquanto o sol castigante amplia o abandono e o desgaste que denunciam cerca de anos sem utilidade.
Portanto, a realidade sub-humana de "boias frias (...) exploração do trabalho infantil" na fala dos entrevistados como a denuncia que os profissionais sofrem pressões para acatarem as impossições do trabalho que se não insalubre ao menos desvalorizados por terem um exército de reserva para os substituir mesmo por um precário salário, sem refeição, sem acesso aos produtos que eles próprios produzem ou apoio dos poderes governamentais. 
Assim, tudo contribuindo para a manutenção do ciclo da miséria. Tanto evidente das formas de afastamento dos Atikum como o uso se não  análogo a escravidão ao menos de exploração do trabalho em forma de não promover desenvolvimento social e sim  a permanente dependência do trabalhador a formas de alienação e dignidade do trabalhador sertanejo. Como também da cooptação dos pequenos proprietários. Tantas violações aos olhos nus do governo que omisso e a população desinformada.

Enoteca  ainda não ativada
Ao lado Enoteca as instalações elétricas 

Visão de um parreiral irrigado



O autor

Interior de um loja de vinicultura

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