GOZAR A VIDA A PARTIR DE SUA FRAQUEZA

Em um diálogo despretensioso com uma amiga distante, geograficamente, ela me provocou a pensar um pouco sobre ser mais o que aprendi ser, como o melhor para mim, do que o que o mundo quer-me ditar como o mais agradável a ele.

Lembro que uma das boas coisas que logo aprendi na academia de psicologia é que não amputamos um membro pútrido, ou um órgão cancerígeno ou coisa desse tipo. Nós psicólogos buscamos junto e como a permissividade do paciente, em terapia clínica, a lidar melhor com suas demandas, quando essas são estritamente psíquicas. E dessas tirar proveito, ao conviver com essas demandas, sublimando parafraseando nossos teóricos psicanalistas. Mas nessa interação subjetiva e a partir dessa se concebe como pessoa, a qual é afetada pelo meio sócio histórico dialetizado com o contexto presente. E, em especial, como isso é sintetizado pela cultura interna de cada pessoa. Todo afeta esse individuo a encarar cada contexto em que ele interage e modifica o meio para sobreviver ou evoluir para se viver homeostaticamente.

Homeostase é um termo apreendido da psicofisiologia que ensina-nos o quanto nosso organismo busca o equilíbrio em todos seus processos. Equação que também toda a natureza parece buscar. Tudo isso, sendo fisiológico ou fisioquímico por si só aponta para que sendo voluntário ou não os sistemas vivos tendem a equilibrar-se para o ciclo vital da vida. Esse talvez seja o maior exemplo de fomos mais que mera evolução de espécies. Parece-me que somos uma equação perfeita, como todos os seres também o são, tanto vivos biologicamente como os que chamamos inanimados. Por fim temos todas as propriedades encontradas no globo.

Bem, mas essa constatação foge do tema presente. Voltemos ao equilíbrio que nossa natureza humana é apenas vítima. Quero dizer que cada um morre apenas na sua devida hora. Necessariamente. Até aqueles que são vítimas de homicídios ou latrocínios ou qualquer outra letalidade. Mas essa fala também foge do que quero focar. Todavia, posso indagar que a morte é mais vida do que supomos. Fato que não concebemos pelo simples fato de sermos educados erroneamente para não aceitar que somos todos produtos "meio" e não finalidade. Ou seja, apenas estamos de passagem nessa situação presente. Pois esquecemos nessa alienação que nos incute desde os primeiros sabores de H2O. Assim negam em nós o amor, a alteridade, altruísmo, a vida em coletivo, harmonia, etc. Bases da relação em paz.

Assim nos ensina consciente e inconscientemente que já estamos mortos. Vejamos, vivemos a infância de acordo com os nossos pais. Depois entram outros invasores de nossa psique, como professores e outros significantes e assim por diante. Notemos que não nego que sejamos seres interacionistas. E sim que essas interações não são libertárias ou para nosso avanço, quase sempre todos os que conosco convive querem-nos subordinar aos seus ditames. Assim eles são supostamente livres nos escravizando aos seus mundos.

Na realidade são tanto quanto nós vítimas de um suposto poder sobre o que ninguém doma, nem nós mesmos somos proprietários de nosso destinos, nem do dia que irá raiar. Quero lembrar que Freud afiançou que somos regidos por imposições inconscientes de origens latente e incontroláveis pela sua avassaladora imposição de desejos não sociáveis. Para outros teóricos esse poder imposto sobre nós recebe outros nomes. Mas parece-me que todos são de origem anti-civilizatório. Sempre corroborando para um amor narcisista e até perverso.

Bem, então como creio que podemos evoluir um milésimo ao melhor de nossa precária condição de vida? Visto que apenas conhecemos um pouco da alegria, por que temos outras fontes da felicidade que não nascem da paz. Visto que essa última, precisa-se ser oriunda de uma significativa carga de humildade e volta as nossas origens, sobretudo, aquela que nega o evolucionismo. Categoricamente pelo simples fato que tudo que se cria é perfeito em si e não precisa ser melhorado. Quero afiançar que sendo nosso cérebro usado apenas 10% acusa que se evoluíssemos, estaríamos em (de)volução pois como teríamos uma acessório mais evoluído que nunca foi exercitado ao total. Vide o fato que por supostamente pouco usarmos os dedinhos, vulgarmente chamados "mindinhos" eles estariam atrofiando. Nesse mesmo sentido o cérebro teria sido usado um dia ao seu total e depois estaria declinado como o exemplo do dedo, citado. Ledo engano, pois nunca foi usado o cérebro por inteiro, então como ele evolui e nos ficamos apenas usando o mínimo dele?

Enfim, como estava novamente fugindo ao foco. Retifico o destino que quero conduzir-nos. Afirmo que precisamos aceitar que nossos maiores erros, que foi ensinado a nos como inaceitáveis precisam ser repensados. Visto que se nossos supostos acertos não conseguem fazer evoluirmos além do que  somos melhores. Paramos e precisamos estudar para continuar a sermos melhores em cada vez mais em um minúscula parte da verdade é porque possivelmente ficamos cada vez mais imbecis em muitas outras coisas. Basta observar os cursos latu senso que quando parte para estritu sensu ficamos apenas conhecedores em uma certa parte da infindável verdade. Se é que ela existe não está no acesso da razão desconectada da emoção, por exemplo, pois continuamos ainda cartesianos. E assim como evoluir?

Então porque não pararmos para focar nas nossas fraquezas? Nossas não virtudes e nelas assim realmente podermos  evoluir, ao menos, a nos mesmos e nos conhecer a partir daquilo que reprimiram-nos. Visto que as verdades que querem que busquemos quase sempre pouco tem a nos contribuir, por isso socialmente não desenvolvemos apenas crescemos tecnologicamente afastando-nos de nossa maior harmonia, onde pensamos apenas em autonomia sem socialização, o que alimenta depressões por exemplo. Impossibilitando pincipalmente a paz ou felicidade. No máximo temos meros espasmos de alegria fúteis, sobretudo, porque se fundamentam em vícios e alienações alheias ou da miséria do próximo.

Se queres regenerar-se, viva para buscar se conhecer e ser mais amplamente o possível de você mesmo. Não me refiro a ser mais individualista. E necessariamente o contrário. Pois principalmente é isso que no ocidente nós são incutido com tamanha imposição que podemos dizer que é de fato naturalizado sermos não só individualistas, mas também, miseravelmente o mais caótico possível com o próximo, ao ponto que nem percebamos como somos perversos como todos. Apenas nos contemos diante de perversos mais importunadores e violentos que nós. É por isso que a sociedade precisa da guerra.

Então se desejamos realmente não sermos ainda marionetes levados pela guerra dos sexos; de viver na selva de pedras e ou das grandes faces das violências e etc. demandas socializantes que ti cercam tão intimamente que es um igual, ou caso contrário es levado a crer que se não sobreviveras de outra forma.

Se assim desejas, uma possível liberdade pessoal. Então dê-se generosamente aos seus dilemas; suas dúvidas; seus medos; dores; pavores; traumas etc. Essas suas negações que lhes ensinaram esquecer  para serem fortes, é a primeira mentira que tens que denegar. Vivas com suas fragilidades pois elas são as os degraus deixados para destinos que você poderia dominar. Mas que outros projetos, não seus, foram lhe dado e por isso você não sabe nem o que vai lhes acontecer daqui a um dia.

 Teus reais sofrimentos, necessariamente aprendestes com alguém que um dia significante para ti. Não necessariamente são seus. Pois somos determinados para sofrer a dor alheia ou ao menos que seu cérebro aceitou como sua para lhe poupar de inevitável solidão. Aceitas o que não é seu para sofrer. bem, necessariamente, precisamos sofrer com os que sofrem e alegrar-se com os que gozam. Todavia, muitos casos isso não ocorre, geralmente sofremos realmente sozinhos e ainda sofremos por nossos significantes que nos escravizou em suas alienações e assim mesmo pensam que são livres.

Todavia, não esqueça que as maiores conquistas e avanços, ou melhor, obras de artes plásticas, literárias e em especial exemplos pacificadores foram concebidos a solidão. Até a saudade é a base de avanços para valorizar o outro. Os nossos sofrimentos que chamam de doenças, ao menos as psicológicas são base para avanços para sair de suas amaras. Então aprenda a sofrer e tirar proveito desse fenômeno e assim se livre dele assumindo-o como parte é não determinante de sua vida.
 
 




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