O HOMEM DE PAPEL



Dentro de seu terno bem talhado, esguio por neste se encontra, apenas esse. Não austero em sua alma e, sim porque um pessoal alfaiate que além de ser unicamente o melhor é - ou foi, seu único sinônimo de nascituro - morto? Tanto que parece que não é um homem no terno e o sim o inverso. Esse como uma mortalha de madeira, cor fúnebre e odor cadavérico.

Sentado sombreado pelo seu rosto, lá fica. Pareado a algo que sabe conhecer, ou meramente mente para si. Mesmo vivendo a muito e em diversos contextos, assim se petrifica, porque jaz fatigado, vencido tanto que seus membros que pensava potentes, o abandonou ainda quando juvenilmente, como decapitado se tivesse descendido de alguma estirpe para possuir esmera máquina pensante, no entanto, nem restando um crânio, vazio, ao menos .

Fica cambio, seu rosto, como uma folha morta sinuosamente trabalhada não artesanalmente e sim industrialmente. Pois, tamanha morte que lhe afere de ser velha folha mais que uma que poderia ter caído de um frondoso arbusto, porém não. No entanto, pior ainda, nunca obteve vida para morrer agora.

E sendo, não merecedora de um nome nela escrita pois erroneamente poder-se-ia a confundir com uma folha vencida pelos raios solares ao encontro assassino da falta de fotossíntese.

Entretanto, nem isso, e muito menos ser uma folha amarelada traduzindo em seu sorriso de a dor, se é que ela pode um dia existir piedosamente, pois assim essa face teria entendido pelo o avesso, o alívio frígido ou a frágil piedade da compaixão. A sinuosidade esconde um olha morto de com vida perdida, tamanha que esse também é o seu prognóstico futuro.

Quem se aventurará a escrever-lhe uma letra dando-lhe uma dúvida. Uma palavra referendando lhe um nome. Uma frase exprimindo amor. Uma frase para sonhar ingenuamente com uma história, resgatando-lhe dessa masmorra de si mesmo perdido, não inserido dentro de um passado um presente e povir.

Deus, esse bem vestido nada lhe é, e o senhor lhe fez papel o que não escrevendo, ou se foi editado em que visão é perceptível e que língua pode traduzir. Se possível mostra os esboços para que se marionetize. Mostra o grafite que desenharas sobre ela a fonte de paz que Es. Beneficência de tua misericóridia suja-a ao menos com tuas tintas, ou se a ela é passível de alguma dignidade o que pintaras?

É justo esperar, esperança. Tua rede de redenção aqui sentado vem-na balançar e ninar em seus vazios pesadelos. Traz o gozo de fé, em meios a felicidades verdadeiras pois de Ti verteras.










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