PASSADO, CARASCO DO FUTURO



Quando o nosso, chamado Destino encontra-se acorrentado o nosso Passado somos escravos de um deus morto; ou se ao menos, se atados ao que se viveu em momento mesmo insigne ou insignificante independe pois imediatamente foi vivido ele expira precocemente.



É óbvio que sim, independente, somos ferozmente agredidos, masoquistamente, mas quando nós estamos vivendo no contexto do passado , seja ele, feliz ou triste. Bem, vejamos, sendo ele baseado em alegria, podemos além de viver espectando uma felicidade semelhante que provavelmente não voltará; além disso que pode lhe desestimular, pois viveras buscando o que apenas serviu em determinado contexto ultrapassado; e podendo, ainda, ávido desse retorno não lutar mais, crente de um destino ou milagre; enfim impossibilitando, novas conquistas, então, como o passado morre-se.

E pior, quando a referência foi uma vivência triste. Poderás assim também perpetualmente agir. Por medo de retorno, imerso em triste dor e nessas densas prisões, masmorras antigas que possivelmente jogadas ao inconscientes portanto, desconhecidos e esta referencia atualiza-se a cada amargura tornando a vida insuportável.

Eu, antigamente cria que minhas memórias de tão tristes serviriam-me de referencial para suportar novos exemplares delas e também para não mais errar. Ledo engano.Pois como não erraria em um novo presente, sendo a dor referencial no passado e a mesma dor apenas se atualiza em tamanho, mas nunca é a mesma. É equívoco, por ser mentira, pensar em igualar os momentos. É pois, sendo mentir ferir a si mesmo porque a verdade, ou que pensamos sê-la, cobrará sua conta. E ainda, nunca o rememorado é o mesmo alvo, contexto e o prejuízo contra o mentiroso é sempre maior. Quero dizer que crer que algo do passado bom ou mau lhe dará algo além de sofrimento é sempre uma face da mentira ou do engano, nesse último caso, uma mentira contra a sua ingenuidade. E no primeiro caso, uma mentira pessoa sua, cedo ou tarde seras tão vazio quanto o passado.

Portanto, como eu, assassine o passado por inteiro e qualquer supostamente acerto ou erro, pouco importa. Pois se foi acertado, terei hoje para novamente acerta muito investimento mesmo sem querer assemelhar ao passado imagine se quiser parear meus atos ao passado. por outro lado, se foi erradamente muito maior trabalho ainda para não ficar preso a ele, ou ter que corrigir algo que não tem mais volta. Bem, viver é muito arriscado viver no presente para se investir no que não tem mais jeito. Então, se uma ou outra situação se dará no presente que nos afetará ao passado, mas em contextos de variáveis não domamos e só pensaremos o que fazer depois delas terem morrido, isso não é suficiente para parar de pensar no passado e curtir definitivamente e profundamente o presente, ou nosso futuro será óbvio, um hoje preso a perda de tempo, ou seja, envelhecimento espiritual que difere sobretudo de amadurecimento.

Bem, por fim, tudo isso não significa nunca, negar a minha origem ou identidade, em suma, minha história, falo apenas dos sentimentos que me impregnam e não me concebe evolução. Em suma, o que o mundo me afeta com suas meias verdades, sobretudo, por que essas querem negar o que podemos almejar e nos libertar do que querem-nos impor uma liberdade chamada destino, um eufemismo para o determinismo preso ao passado que produz um natimorto chamado futuro. Em suma, ficamos naquela situação eterna: consumismo capitalista como meio para viver.

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