INTELECTUALIDADE, UMA PRISÃO - Memória da Casa dos Mortos de Dostoiévski (I)

Desconheço maior prisão que as amaras subjetivas e, por isso só, são ataduras empoderáveis que eis meu intelecto.

Penso tanto e de tanto pensar quase que vivo apenas assim e até dormindo sínteses respondem dialéticas mil que a mim chegam ou de mim mesmo nascem. Até creio que seja essa interação do inato e do e no empírico, produto perene (ao menos enquanto eu viver), uma maior dinâmica inter subjetiva sociohistórica que vivencio.

Essa, portanto, seja uma das maiores verdades que sintetizei desde os primeiros parágrafos da Memória da Casa dos Mortos de Dostoievski (traduzido por Natália Nunes e Oscar mendes, Volume 695 na coleção L&PM POKET, 2012). E esse presente manuscrito servirá como introdução das sensações adquiridas nessa leitura.

Então afianço a partir dessa obra prima que nem naquelas prisões vividas por esse sacro autor devido a suas libertárias ideias que contra o império possivelmente contribuiu para reflexões comunistas.

E assim digo que ao refletir a partir do que em mim ebule, é acordada das provocadores quase sempre em nome de minha indignação diante da indigna imaturalidade e ou alienação dos nossos semelhantes: É minha primeira algema, a qual seu da razão de padecimento da população que é levada como massa de manobra, mas minha voz é abafada pelos vícios dos pobres membros que são manobrados em tamanha ilusão que pensam que estão gozando.

Um outro exemplo, é minha frustração quando esses últimos são como natimortos, assim padecem um suposto prazer advindo de falácias convertidas em vida. E quando morrem fisicamente esse é o único sinal de vida ou razão que degustaram.

Apiedo-me dos demais, se aqueles primeiros são 85%, esses agora são 18% ( políticos, os ricos e os poucos alienados com a vida dos dois primeiros parte dos classe média) mas todos esses últimos gozam conscientemente da subvida daqueles miseráveis natimortos já citados. Já estes aqui ao menos nascem e vivem livres até mediamente até os 7 anos de vida. Porém, de tantas mentiras lhes apresentadas morrem precocemente são levados a crerem de sua superioridade ante seus superiores, geralmente divide-se daqueles primeiros miseráveis citados por acesso a um consumo que os coroem almas e sonhos e vivem pensando os comprar por um pseudo poder doado pelo dinheiro.

E por fim, com os 2% sofro masoquistamente ou não, mas refirmo-me aos que sabem viver, mesmo que como eu aprisionados. Nascemos quase sempre entre aqueles natimortos. Mas como os semelhantes os zumbis desejamos saciarmos de sangue fresco, talvez por isso somos ávidos em violentar, não que amamos tal comportamento, mas porque não temos sangue de barata, quase sempre nos revoltamos. Talvez por essa base razoável, algum de nossos parentes pegaram em armas entre os anos 60-70 nas revoluções passadas mas presentes, as mesmas atuais que levam a muito a desesperar perdidos em mil formas de fome e também se armam e morrem como herói para muitas adolescentes apaixonadas por mais um ou não Robin Hood.

Mas o que nos aprisiona é saber que tantos perfis são responsa´veis pela contínua miserável condição até aqui apresentada. É tanta real essa máxima que os nossos meio-irmãos, os extintos comunistas sonhavam com uma igualdade, assim erram por a desejar a partir da mão de obra boa e barata. Falharam também por omissão "política" os nossos irmão gêmeos, os anarquistas os quais nem foram escutados por exigirem participação total sobre o poder, ou seja, melhor que os comunistas que apenas o econômico deveria ser dividido equitantemente, para os anarquistas toda a forma de poder deveria ser acessados a todos, mas eles esqueceram que o ser que se chama humano é preguiçoso, odeia pensar e refletir.

Enfim, os moribundos estão tão mortos que suas poucas fontes de conhecimento estão em putrefação. Podridão Semelhante as riquezas dos da classe média. Somente nos resta o poder sanguinário dos poucos abastados que tanto são enriquecidos pela miséria de quase todos. E, por fim, resta-nos os bastardos pensantes, que só nos armamos de canetas, quase sempre de tintas que correm em nossas veias, só somos escutados por nós mesmos. Como eu, que só eu mesmo leio a mim.

Comentários

Postagens mais visitadas