SÍNDORME DE ROBIN WOOD: Os paulistas (locomotiva brasileira?) invejados por não serem chamado a festa do futebol, mas nem sempre quem tem a bola é o melhor jogador


 

 
A classe média, bem representada pelos jovens paulista e cariocas fantasiados de revolucionários, representa a todas as ações nas ruas de todo país? Se sim, é como em um sonho, mecanismos inconscientes do desejo que não nega que ser um sintoma da síndrome de Hobbin Wood.( explico-me)

Recentemente em duas dessas reinvindicações houveram atuações interessantes carentes de comentários. Ambas não me atentei ao local, tanto para não inflamar qualquer infortúnio, como também porque creio que todas essas ações reinventam o pensado no eixo sul-sudeste, nos presentes casos, Sampa-Rio e assim sendo, sem maiores focos político social, ideológico ou ao menos real mobilização questionadora.

Na primeira mobilização, um pequeno grupo conseguiu adentrar a Câmara de Vereadores e quando lá estiveram perceberam o que já eu tinha, mesmo que melancolicamente, afirmado: Eles não tinha mais nada a fazer. Muitos dos jovens se retiraram após infantilmente comerem pipocas naquela casa pública. Ironicamente penso que foi a primeira vez, da maioria daquele pequeno grupo, em um espaço onde decidem vidas e mortes, no presente e no futuro. E, possivelmente, por isso os jovens não mais tiveram o que fazer ao entrar naquela casa do povo: Não literalmente por nunca terem entrado em uma casa de poder e, sim porque não se informam sobre contexto histórico, ideológico e social antes de reinvindicações, sobretudo, o que vem a ser o poder concedido a tão poucos homens que são eleitos para decidirem o mundo onde vivemos, como o poder que doamos ao político em cada eleição.

Um outro exemplo, foi o fato que uma outra experiência de jovens ao entregarem uma pauta de reinvindicações referentes a prestações de contas de uma ação do poder executivo. Nessa atuação, o legislador daquela cidade erroneamente dizia que o erro da ação popular era que a cobrança deveria ser feita ao poder executivo. Curioso que o legislador, mesmo que equivocado, demonstrava quanto era ou mal intencionado ou realmente desinformado do que vem a ser a sua responsabilidade de fiscalizador da administração do executiva (...)

Bem, com esses dois exemplos, dá-nos exemplos de como ainda temos que caminhar e sei que não é necessariamente o caminho que me cansa e sim o fato que quem se mobiliza por mero interesse que não o coletivo, inclusivo e político, ou seja, democrático com alteridade; relacional e altruísta; e consciente racional: Tudo pensando a partir dos Deveres e não Direitos Humanos sempre nos faz pensar no sucesso apenas no fim, se ele é possível, porém nunca durante todo o processo. Quero dizer que quase que necessariamente, o pouco sucesso alcança que lutou por ele.

Por outro lado, digo deveres e não direitos humanos, porque revolução que não nasce em cada um, como auto idealizador de si mesmo, livre das de terminações do individualismo não poderá perceber que ele próprio se fez quem é ou tem, a partir do outro e do trabalho dos demais. Quem não percebe isso tão nítido, não, nunca alcançará o verdadeiro fim da revolução. Pois evolucionar é consciência de si, do meio contextual e histórico onde cada um reescreve sua vida ao meio da e na interação com os demais.

Nesse sentido, ao um bom tempo li algo referindo-se a uma suposto fenômeno psicológico, chamado síndrome de Robin wood. Nela o sujeito se apaixona pelo comportamento transgressor de um ladrão, mesmo que esse não roubasse para ajudar os pobres e sim roubasse apenas de alvos representantes de multi nacionais que necessariamente contribuía ainda mais com o foço entre os ricos e os pobres. Era como se uma revanche. Até essa forma de interação é passível de produzir algo positivo, pois se ao menos, por exemplo, quem assim percebe-se pode ao menos roubar para ajudar o próximo se isso é possível fazer.

Tal fenômeno de alguma forma me faz pensar ser inconsciente nas ações dos jovens de classe média dos grandes centros urbanos. Isso pode se sustentar pelo fato que é real que muitos brasileiros acessaram maior renda, não que socialmente, cultural ou ideológico e, muito menos em qualidade de vida e sim se fortaleceu economicamente ( dentro da fábula capitalista, mesmo que seu fim já é fadado ao insucesso) ainda mais com os trabalhos análogos a escravidão, que tanto já escrevi vários exemplo dessa forma de vida econômica.

E esse crescimento econômico que tem aumentado a classe média, essa que a muito almeja ser rica, explico: Eu entendo que os poucos ricos que para defender quase dos 80% dos rendimentos no Brasil, usam os serviços da classe média para se defender dos pobres que não se submetem a miserável condição de trabalho análogo a escravidão, ou seja, os miseráveis, ou melhor parte desses os que se mobilizam por sobreviver a margem da sociedade com ações direta ou indiretamente violentas. Essas ações podem um dia botar a vida dos ricos em cheque, mas nunca para distribuir aqueles 80% da riqueza nacional .

Bem, nesse caso, serve de inspiração aos jovens de classe média a liberdade que certas pessoas que para sobreviver se submetem a vida de riscos e vulnerabilidades, chamado pela sociedade de marginais. E assim, os alguns dos jovens parece querer atuar se colocando com vândalos, destruidores do patrimônio público e privado. Mas isso não é tão pernicioso quanto as manobras que os políticos, os mesmos que são empresários ou insistidores, pois se utilizam dessas ações populares para generalizar e desviar o foco dos reais problemas estruturais que são necessários debates sóbrios e de propostas revolucionárias. Mas quem mais pode as propor? Os próprios políticos/empresários/investidores? Ou os jovens/classe média/desinformados? ou ainda Sociedade/historicamente consciente/politizada?

Ou, até quando continuaremos imitando paulistas que frustrados pela não participação na copa das confederações ( nada contra as reinvindicações lá iniciadas, ou contra o povo paulista, aqui serve-me de fonte espirradora) e continuaremos indo as ruas sem saber porque o sistema continua defendendo não só os erros dos políticos que são geralmente empresários ou investidores direta ou indiretamente. E o pior que nossa Constituição foi feita pela mãos deles. Bem, somos um país continente temos muitas variáveis que nos difere e não podemos entrar no sentimento revanchista dos paulistas ou outras, um verdadeiro ciúmes da locomotiva brasileira por não ser chamada ante a realidade do país(Querendo ver sobre o posicionamento dos paulista vejam no Jornal do Commercio o artigo de ABDIAS MOURA do dia 30/07/13) Não que eu esteja contente com a qualidade de vida no Brasil, mas não se pode negar que eventos internacionais abre debates para nossas feridas, mas precisamos sermos sóbrios para termos posicionamentos realmente estruturadores de mudanças.

Então vamos apenas questionar necessidades individuais ou as estruturais? Brigar por posicionamento de determinado autor social sem contextualizar a problemática ou saber qual a origem do mal e propor melhoras? Ou ainda, ir a ruas com pautas e propostas ou entrar em quebra-quebras? Ou pior ainda, fazer ações desatreladas da realidade política nacional ou continuar elegendo políticos que tem ações atreladas com as políticas públicas? (...)

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