ENTRE A CRUZ E A ESPADA


 
É inevitável, cada ser em si “carrega o dom de ser capaz e ser feliz”? ( versos de Tocando em Frente de Renato Teixeira).
As vezes a vida em seus mares de ilusões nos faz crer que somos divinos e, assim sendo detentores de poderes da onipresença, onisciência e onipotência. E inevitavelmente isso nos leva a condição inexorável da está pregado ao desejo insalubre da cruz ou a espada. Amar ou odiar. Como tudo na natureza, aos conscientes é ofertado a que caminho trilhar, a dos desejos invisíveis em seu gozo superficial do rubro sangue ou o azul pacífico de aceitar a cruz e ser servo sem ser alienado por caminho de um culto racional e humilde.
Um certo dia um colega suposto defensor dos Direitos Humanos afirmou-me que não mais tinha a culpa cristã, por ser agora ateu e não carregava mais dúvidas ou supostos medos nossos. Como se nós tivéssemos essas culpas ou medos. Ele vive ainda com a espada do ceticismo.  Preso a si, e eu quem era medroso ou condenado a culpa?
Eu lhes falava e vivia humilde e crítico de um racionalismo em aceitar as ordenanças de ser humilde em perceber apenas um grão de areia levado a brisa leve que foi escolhido a seguir. Sim, eu não escolhi estava determinado em mim ser consciente de que nada sou apenas sou fruto de um amor imensurável. E sendo amor, preciso demandar a tantos posso que a cruz que tomo a cada dia, ao me fazer servo, não sofro por que alguém sofreu por mim, dando-me exemplo de ser para com e não para o próximo, ou seja, semeio o melhor que há em mim, amor que desfruto paz. Es o fardo leve advindo de Alguém manso e suave.
Trazia para meu caro colega nativista em Direitos Humanos que a espada é quem traz a dor e a alta punição ao mais vil perverso. Consciente ou inconsciente nasce nele um sentimento de auto flagelo, pois como se colher flores, semeando rosas?
É claro que, eu quem semeios estas últimas não posso esquecer-me dos espinhos inerentes a homeostase da nossa sociedade e não da natureza supostamente que querem que aceitemos. O homem é necessariamente bom, mas a natureza de nossa civilização nos condena. Eis a cruz.
Explico. O poder, que um dia um anjo se fez decaído,  hoje se resinifica em ter dinheiro. Mas é lógico que até o mais vil perverso tem a quem amar se não a ele mesmo. Mas esse precisa ao menos subornar ou manipular quem o alimente. O predador, por mais sanguinário que seja tem desejos específicos para se alimentar. Ou você nunca pensou que nossos irmão aquáticos, os tubarões aguardam suas presas ficarem suculentos para os devorarem, enquanto não podem até conviver harmonicamente com eles?
Vivemos a mesma saga dos nossos irracionais. Apenas somos como os citados tubarões. E por que fomos dotados de intelecto e emoções, assassinamos estas últimas pela primeira para gozarmos estas últimas de maneira subjetiva.
Por isso muitos apontam Jesus como  o primeiro comunista no sentido de ser coletivo todos seus exemplos. Na realidade Ele foi mais que exemplo maior da ideia de universalidade. Ele foi expositor perfeito para a igualdade. E amante da liberdade.
Quem não O conhece redondamente engana-se ao compará-lo aos ditames de qualquer religião. Esta é a prostituta do Estado. E ambos são drogados pela sociedade, melhor pelos grandes magnatas do poder. Aqueles que pensam que são filho do decaído. Ledo engano, são perfeitamente manipulados. Tanto que quando vivem exalam suas feridas em podridão no meio a eternos sofrimentos. E quando morrem seu real sofrimento apenas principia.
Enquanto os que abraçam amantes de suas cruzes vivem, mesmo que loucos pela sociedade, isentos de culpa ou real dor. Antes vivem, quando em tribulações quase sempre por que ainda não totalmente libertos das suas espadas, sendo lapidados para esquecerem a forma do velho homem.
Em suma quase sempre são provados, mas nunca vencidos, pois é como se em processo de purificação, ou seja,  santificação ( separação), das antigas concepções errôneas.
Enfim, como falar em culpa se se vive amante de tudo e de todos, mesmo porque o que se pode semear disto é a paz ao próximo e, que emana de você pois sua ligação transcendental é da ordem do espiritual ao psíquico e, desde para o corpo que desemboca no social.

 

 

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