OUTRAS MENTIRAS, EM BUSCA DE AO MENOS UMA MEDÍOCRE RESPOSTA!

Mesmo que não consegui meditar sobre a mentira na postagem anterior buscarei aqui continuar a bisbilhotar minhas precárias ideias sobre o tema.

Imaginando que o homem precisa egoistamente se vestir de um título para sobreviver por mera negação que nada é e por medo da humildade busca construir para si uma verdadeira Matrix.

Vejamos. Ao nascer o mundo do pobre infante esta fadada a não dar espaço para suas necessidades, tudo lhes é imposto de maneira alienante, roupas azuis para um e rosa para outro, brinquedos que expõe um as conquistas do mundo exterior e a subordinação do mundo doméstico para outro e, para esse engodo, acusam a Deus que assim quer?! Como o que é homem e mulher não fosse definição do homem e a mesma confusão que o senso comum é acometido quando se refere ao Deus, confunde-o facilmente com Religião.

Aqui no nordeste quando se vai crescendo tem outras curiosidades, por exemplo, o pré-adolescente em fase da puberdade onde também ocorrem entre outras definições biopsicossociais a da fala é uma chacota só, pois se o púbere desafina pode ser indicador de homossexualidade, esta que nem um pouco é, ainda, discriminada, mas que tem eu com a forma de felicidade alheia, serei eu Deus para jugar algo?

Mas são meras inverdades que nos são impostas que se não formos críticos morreremos céticos ou alienados, um extremo ou outro sempre são ingênuas. Uma mentira grosseira e programada para as diversas violências doméstica é o pouco estímulo ao diálogo. Em famílias que isso ocorre que, no meu senso comum, creio ser cerca das 90% das famílias que não se estimulam o mero interrogatório da criança sobre as diversas provocações que o mundo oferece a criança. Parece, temos nesse contexto, pelo menos duas verdades: Uma que os pais são tão mais ingênuos que os filhos e que privando os filhos das verdades familiares, os filhos encontraram mais argumentos para distorcer, agredir, sofrer e retroalimentar distorções dessa sociedade que não consegue ser nem narcisista e nasce e renasce cada vez mais egoísta.

Deixa eu testar pelo menos essas três medíocres teses. A primeira que os nossos pais são mais ingênuos que nos: Os que teimam em não dialogar afirmam duas situações, ou falta de domínio no tema perguntado ou pior renovam o vácuo da desinformação, tanto por medo ou covardia. Mas sempre sinal de mero fruto da alienação e da pouca sensibilidade para lidar com os outros. E assim, cada geração que desponta e destrona a anterior de uma forma a abandonassem mutualmente ratificando o ostracismo e baixa empatia. O que se esperar de mentiras e omissões então? Nada mais que seus filhos serão filhos sociais de pais que eles encontram nas ruas ou na melhor das hipóteses nas escolas e faculdades. Tanto uma como na outra situação criamos pessoas mais frias e egoístas, não é vão que cresce significantemente o abandono, negligencias e mortes tidas como "quedas" de idosos, mas essas mortes por exemplo poderiam ser minimizadas a partir da percepção da peculiaridade de cada ente querido, ou seja, uma rampa, corrimão e retirada de tapetes somados a atenção aos velhos existentes na família poderia apresentar outro prognósticos.

Bem, mas para não fugar ao tema, digo que a segunda provocação é a que se os filhos não encontram nos pais argumentos as suas perguntas e o pior o elo de conversação é facilitado aquele período de 'porque-s' da criança volta antes, durante e depois da puberdade, só que de maneira a ser questionadora porque eles já possuem suas verdades e as querem dialetizar. A verdade é que se desde a tenra idade eles não tiveram solo adequado para as trocas no seio familiar eles, mesmo antes do puberdade nem vão se dar o luxo de procurar orientação a quem nunca a promoveu pois eles vivem na velocidade dos hormônios que é necessariamente mais veloz que a informática, na realidade acho que até a inspirou. Enfim, então o que se esperar de pessoas que nascem sem acesso a opinião dos seus pais ou pessoas significantes e com necessidade de respostas para antes de ontem, pois as faltas de verdades são fincadas no passado e temiam em voltar perpetuamente.

Por fim trago outra verdade por muito negada. Dizem que somos narcisistas, ora egoístas. Bem, minha sociedade pouco consegue ter de narcisistas e um pouco mais de egoístas, pois é muito pouco que conhecemos de nosso verdadeiro desejo. Digo isso, por que Narcisus, o ser mitológico que empresta seu nome ao narcisismo era um personagem que ao conhecer sua beleza exterior se apaixona por si mesmo, em suma ele ao menos se conhece externamente. Já o egoísmo é o desejante e para tanto, quem precisa saciar algo precisa ao menos saber qual sua necessidade.

Ai surge a pergunta, o desejo é seu ou de quem lhe ensinou que chocolate é bom? Bem até que você experimente o sabor para você não existe, mas quando você o degusta o desejo poderá ser seu. Porém, na sociedade pós-moderna, essa que vivemos somos levados a desejar o que não temos e a ter acesso ao que não precisamos. Então, se compras o que não precisas o desejo não é seu o gozo da compra não é sua e a degustação também não, visto que não tem utilidade o objeto ou pessoa comprada.

Bem, parece brincadeira quando coloquei "pessoa comprada". Mas não, muitas pessoas compram e são vendidas. Vejamos por exemplo as razões da violências de gênero o agressor jura de pé juntos, mesmo que inconsciente que a sua vítima é sua propriedade. Outro exemplo é o patrão que por pagar um mísero salário sente-se no direito de praticar assédio moral contra seus subordinados. Não é em vão que são assim chamados. Bem, aqui termino, pois entro novamente na relação de poder impregnada em todos os fenômenos humanos, mas que sempre se utilizam de inverdades para se coexistir.

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