BLACK BLOCK e BLACK BLOC - CARAS MASCARADAS E ANARQUISMO:Será que é apenas assim a população é ouvida nesta sociedade higienista?



“indigna, indignação, indigna nação”, necessariamente é o que o sinto nesse “estado que não é nação”.
Este versos de roqueiros declamados na década de oitenta ainda se sustentam no Brasil atualmente, pois onde a Constituição Federal alimenta as Estaduais e todas elas ferem a dignidade humana, ao agredir seu povo ferozmente com cães, armas e diversas formas de violências não poderia ser diferente.
Então vejamos, em São Luiz celeiro eleitoral dos Sarney assassinam-se e estupram-se, tão silenciosamente que foi necessário decapitações para que a ressocialização maranhense fosse reconhecida como violadora de Direitos Humanos.
Em São Paulo descobre-se que em carvoarias adolescentes trabalham em situação análogos a escravidão, porém os escravocratas não são punidos, desde que efetivem os meios mínimos para garantir a reles condição  de trabalhos. Todavia, aos adolescentes, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, devem ser assegurados acesso ao trabalho apenas como aprendiz. enfim, o que será que aqueles adolescentes estão aprendendo na escravidão, dignidade ou indignidade?
Já no Paraná, obras para a copa do mundo poderão tirar o estado do evento por atrasos. Mas parece que esse atraso é mais preocupante quando a Presidente da República reconhece que a construção de estádio é mais simples, provavelmente comparando tal empreendimento às grandes obras estruturais que tanto necessitamos. Porém, tal afirmação causou aos hipócritas de plantão mais indignação a fala da Presidente do que as sequelas causadas pelo próprio ato de cada governador que assumiu o compromisso com a FIFA e quebraram o acordo. Pura covardia, ferindo a ética e a moral.
Um exemplo dessa hipocrisia, levada ao extremo, vem novamente de São Paulo, é a higienização social estatal, em uma feroz agressão é o caso das chamadas “cracolândias” que dá à capital econômica uma possibilidade de exemplificar ao país um mecanismo de efetivar a dignidade humana ao dar voz e vez aos que têm encontrado no crack  e outras drogas uma forma de sobreviver às desigualdades do mundo capitalista. Falo do programa  Braços Abertos, efetivado pela Prefeitura Municipal paulista:

“O programa da Prefeitura busca oferecer emprego para usuários de crack. Ao apresentar o programa no começo do mês, o prefeito Fernando Haddad tinha criticado ações violentas e  "higienistas" já adotadas contra os usuários de droga na região. No total, a Prefeitura ofereceu 400 vagas para que usuários trabalhem em atividades de zeladoria em praças. Com a iniciativa, os usuários deixaram barracos nas calçadas nas ruas Helvétia e Dino Bueno e se mudaram para cinco hotéis na região.  O custo por pessoa para a Prefeitura será de cerca de R$ 1.215 mensais por participante, incluindo por exemplo os valores que serão pagos com os hotéis. Os  participantes terão café, almoço e jantar pelo programa Bom Prato.  Dependentes que têm companheiros ficarão em um quarto. No caso dos solteiros, eles ficarão hospedados em quartos com três ou quatro pessoas, segundo a Prefeitura.  Apesar do foco no trabalho, a ação é voltada e comandada pela área da saúde. O atendimento se dará especialmente no equipamento denominado Braços Abertos, instalado na região. Equipes do programa Consultório de Rua, que são vinculadas à UBS Santa Cecília e fazem abordagem aos usuários, continuarão o trabalho.”(Acessado em: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/01/haddad-afirma-que-acao-do-denarc-na-cracolandia-foi- desnecessaria.html) em 26/01/14.

No entanto a iniciativa do governo municipal recebe diretamente do governo estadual uma afronta em embargos na ação da polícia civil daquele estado revelando a cruel verdade política que nos acomete: De um lado ações de interesse político mais democrata ou meramente partidário, mas que pode ser um bom exemplo do que pode ser feito para barrar extrema miserabilidade ao pequeno grupo que é jogado ao submundo das drogas e suas mazelas. O que necessariamente é resultante de desestrutura sociocultural da falta de apoio familiar, de falta de políticas sérias em educação e acesso a renda.

Mas que é esquecido ou apenas abatido pelo braço armado do Estado. Talvez por mero capricho de interesses políticos para que projetos desse nível deem errado. Enfim, São Paulo-Capital é um exemplo da crise ética/moral que vivemos no poder democrático representativo.

Esse exemplo, é um micro organismo, da necessidade de cada “rolezinho” que se espalha pelo país. Como foi as passeatas que eu erroneamente as considerava desconexas, agora evoluo para considerar essas manifestações necessárias. Pois, essa ação questiona as ações pensadas diretamente higienista efetivada pelo Estado a favor do capitalista e perverso, esse pequeno grupo que reúne todo montante de riqueza assegurada com nossa miséria.

E também essas manifestações são de várias bandeiras em louco ( por ser muitas as mazelas questionada)  questionamentos diversos, tão complexos diante das formas de manipulações sujas que a política brasileira tem chegado> Exemplifico: imagine que ainda usamos Deus para queimar as bruxas, as atuais são os LGBT- Lésbicas, Gays, Bissexuais, travestis e transexuais, porque para os hipócritas os LGBT’s parece não  merecerem viver para além da dor de não ter direito ao prazer e, os religiosos afirmam que eles querem casar em nossas igrejas. Heresia esses políticos religiosos afirmarem tamanha sacanagem. Pois sou evangélico e sei respeitar o direito dos LGBT, como também sabe-se que para eles casarem-se na minha igreja, por exemplo, eles precisam respeitar o Estatuto da minha denominação.

Portanto, mesmo que não aceitava também que os black Block e ou dos black bloc usam-se da não identificação de cada multidão, não entendo como poderíamos apontar para o mundo que o Brasil não só acordou, mas também que cansou da falta da real dignidade, estampada a falta de divisão das riquezas e também das diversas formas de violências contra os seres humanos, animais e o planeta.

Assim, desculpo-me junto aos meus companheiros dos black block e dos black bloc pela pequena, pouca clara e de precária qualidade da pesquisa que aqui divulgo-a para diferenciá-los:

Black bloc (do inglês black, negro; bloc, agrupamento de pessoas para uma ação conjunta ou propósito comum, diferentemente de block: bloco sólido de matéria inerte) é o nome dado a uma tática de ação direta, de corte anarquista, empreendida por grupos de afinidade que se reúnem, mascarados e vestidos de preto, para protestar em manifestações de rua, utilizando-se da propaganda pela ação para desafiar o establishment e as forças da ordem. Black block é basicamente uma estrutura efêmera, informal, não hierárquica e descentralizada. Unidos, seus integrantes adquirem força suficiente para confrontar a polícia, bem como atacar e destruir propriedades privadas.

As roupas e máscaras pretas - que dão nome à tática e, por extensão, também aos grupos que dela se utilizam - visam garantir o anonimato dos indivíduos participantes, caracterizando-os, em conjunto, como um único e imenso bloco.

Os black blocs, à diferença de outros grupos anticapitalistas, realizam ataques diretos à propriedade privada, como forma de chamar a atenção para sua oposição ao que consideram símbolos do capitalismo, às corporações multinacionais e aos governos que as apoiam. Um exemplo desse tipo de ação foi a destruição das fachadas de lojas e escritórios do McDonald's, da Starbucks, da Fidelity Investments e outras instalações de grandes empresas no centro de Seattle, em 1999, durante as manifestações contra a conferência de ministros de países integrantes da Organização Mundial do Comércio (OMC). ( Acessado em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Black_bloc) em 26/01/14.

Em suma, ambos grupos precisam existir em suas diversas formas de anonimato e expressão. A expressão de resistência ao capitalismo selvagem que aliena os que não entendem a ambos mobilizadores, descriminam-os e recriminam-os por serem domados como animais determinados a enriquecer com suas vidas, os capitalistas.

Então, eles precisam serem conhecidos e respeitados em suas bandeiras porque defendem uma sociedade mais justa e possivelmente uma democracia participativa, mesmo que os anarquistas não creem em política e sim na participação direta do povo sem lideres ou liderados. Mas isso seria o extremo da democracia participativa.

E por ambas os razões é que creio que a multidão não garantem aos BLACK BLOC(K) o anonimato , pois para a polícia não interessa saber a quem atingir e, sim ferir aleatoria e pensadamente  para inibir a ação reinvidicatória. Portanto, os BLACK BLOC(K) sob suas máscaras os identificam e assim protege a população que apenas reivindica. Até isso é importante considerar.

Mas  o mais importante e triste é perceber que destruir símbolos capitalista parece ser a única forma de chamar atenção para as questões mundiais aqui no nosso país: a miséria sintetizada pelo capitalismo.

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