EM NOME DO HERÓI MARANHENSE


 

Talvez nem ele próprio saiba porque ele se abraçou a menina em chamas, se por um inconsciente ato de amor próprio – ativado por não suportar o sofrimento dela; ou por amor civilizatório pré-consciente  na construção de heróis necessários para a existência dessa sociedade; ou ainda, e mais elaborado para a visão biopsicossocial e espiritual, um amor consciente altruísta que luta contra a implacável sociedade que, de doentia, se expressa em assassinar inocentes para se manter como lei.

Esta, em talvez em mero capricho do Estado que tanto viola Direitos Humanos se acha no dever de associar-se a mais aviltante estatística de impiedade, usando semelhantes para massacrar insana e friamente  a seus semelhantes.

Isso porque dizer que o governo ‘democrático’ eleito no Maranhão não é omisso e covarde é ser ingênuo, porque ter durante um ano mais de 60 pessoas brutalmente vítimas de homicídio sob a gerencia deste governo, pois é nítido sintoma de uma não só culpa como notório ato ofensivo pensado e diretivo.

É claro que alguns culpará apenas o monopólio  político de uma determinada família naquele Estado, outros a auto marginalidade de uma população mantida pela sociedade alienada maranhense. A mim apenas cabe questionar se a classe média interna ao poder estatal, quase sempre no empréstimos de serviços intelectuais operacionais do sistema montado pelos governos que passaram pelo poder em Maranhão, não tem sua parcela de contribuição?

Indiscutivelmente estes braços, os tentáculos operacionais, são silenciados ora por cargos comissionados ora por contratos temporários, mas o que cala o servidor público estabilizado por concurso público? Parece-me todos estes, especialmente, os últimos, somados a família Sarney, responsáveis diretos do  massacre em São Luiz.

Bem, depois do desabafo, tento voltar ao fenômeno que acometeu a fogo que ateado sob o ônibus atingiu inocentes, onde um deles não está mais fisicamente entre nos e deixou soldo um herói que se utilizou de uma força não só capaz de salvar a capital maranhense, o Brasil mais sim o mundo: O Amor Altruísta.

O ato emocional salvador que sei que quem não busca abdicar de qualquer forma de poder jamais poderia atuar por amor. A exemplo do nosso herói por mais ferido que ele esteja, o mesmo sempre terá uma saúde, tão integral, holística e tamanha que só o levará a paz. Ao ponto que se ele venha morrer devido aos ferimentos os seus familiares ficarão ambivalentemente felizes como expansão da paz que o herói irradia.

Isso doado por todos que fazem a coisa certa. Sentimento de libertador que quem busca o poder, ratifico, nunca, descansará em sua eternidade escrava da sua infeliz escolha: o poder. Esquecendo, que humildemente devemos dar o melhor de nos ao próximo, como nosso herói.

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