TUDO É PROVIDO DO BELO: O INFINITO VAZIO QUE AGORA É PREENCHIDO PELO MAR, COM UMA ÚNICA GOTA, QUE ME TOMOU E ME RENDEU HUMILDE.



 

Se fores belamente simples e a humildade for tua lente de perceber o mundo, saberás pelo teus sentidos, todos juntos e simultaneamente, que tudo provém de sua peculiar beleza intrínseca e indivisível; e que emana de uma fonte inesgotável de perfeita homeostase, ou seja equilíbrio, onde o bem não subjuga o mal, mas convive com esta para saber o que não dever vir a ser. Uma relação de completude, como meus colegas dizem fecham a Gestalt, o todo e a parte não são as mesmas iguais mas sem uma delas ambas não existem.

Existem sensações que nunca se prova duas vezes, então nunca o esqueça pois só assim ele será eterno. Sua eternidade nunca morrerá enquanto sonhares e imagine se realizares a vida como em um sonho.

Da mesma sorte, existem os pesadelos que também não se pode esquecer para que não mais lhe aflijas e assim que ele bater a sua face tu agasalhas nos braços que lhes foi dado como sinal do amor que vai além da reunião daquela tríade aros, filos e ágape perfeitamente  vivido intensamente em sua mansidão.

Então se encontrares algo que, necessariamente é superior a você, ao ponto de ti amar e doar tudo, extremante tudo que tens ou melhor ainda, o que és, então não seja-lhe apenas grato, e, sim o adore. Pois cedo ou tarde Ele manda sua marca maior: alguém que vai lhes lembra que apenas somos vasos de barro vazios sem Ele, apenas assim se reconhecendo Ele ti preencherá com um sútil e minúsculo átomo de água do Mar, e mesmo tu sejas um vazio estupidamente profundo e mais insuportável estrondo do silêncio Ele ti transbordará tão profundamente que apenas os que tem mera crença nEle pode vivenciar colossal eloquência.

Então se encontrares tremenda mulher, aquela que ti faz humilde e venerador dEle, ame-a com toda tua virtude e não a deixes partir ou partas o coração dela. Pois sim, ela é o Mar, ou melhor a menor partícula dele que misteriosa e glorificantemente  ti preenche, libertando todas as cadeias de teus sentidos.

E se, entrares em um ambiente em que estes teus sentidos se unifiquem e transcenda a tua alma juntando-a ao espírito renovado, então não saias deste ambiente. Que necessariamente repousa em teu mais íntimo lócus subjetivo. É onde repousa aquele Ser onipotente, onisciente e onipresente: Em ti. Por isso Ele chama teu corpo de templo e morada dEle.

Enfim, assim foi para o que Ele nos constitui-se Amar a nós mesmos, como ao próximo e a Deus. Ou seja, amando-nos nos respeitamos em preservar o melhor que Ele se depositou em nós, para que assim também amemos o próximo a fim que o fechemos a Gestalt de nossa vida, amando a Ele (o outro)  aqui presentificado em cada um de nós. Esse é um outro mistério da beleza desse Deus, quando nos indaga como que o amamos se não amamos a quem estamos fisicamente  todos os dias.

Mas tanto quanto mais vemos mais defeitos e intrigas surgem e isso é homeostaticamente  que o amor cresce, para cada gota de tristeza interage com esta a mesma dimensão de alegria; a mesma infelicidade se entrelaça a felicidade; a dor o alívio e assim por diante, o que nasce uma outra tremenda singeleza: a do amor intransponível ao nada que cada um de nós somos sem Ele, traduzido no que conceituamos de livre arbítrio. Em suma para onde queremos conduzir o nossos sentidos?

Ai o incrédulo dirá, em sua falta de crítica, mas nós não temos livre arbítrio ante a dor.

Eu informo que temos principalmente sobre essa. Indago se existe dor maior que a morte mergulhada em suas dúvidas e supostas libertações?

Pois bem, todos nós podemos dizer não a ela. Foi dito que ao pecado ( errar o alvo)  é atribuído a morte. Então, com seu amor a nós Ele provou vencer a morte, simplesmente porque Ele é pai do amor.

Ele, o amor, nasce do mais simples desejo de ser apenas servo. Deixar-se a negar a si mesmo a cada dia e a tudo que quer-nos impulsionar a qualquer pseuda força ou poder.

Quem é forte o suficiente a passar minutos sem ingerir uma molécula de oxigênio? Ou de deixar de necessidades básicas?

Miseráveis somos, pois prazeres que O glorificam, até estes, escandalizamo-los. Vede tanta beleza natural, que poluímos? Tantas belezas humanas que temos que escravizar e violentamos para dizer que amamos, basta vermos como a maioria trata as mulheres; as crianças; os animais; talvez se explique porque se odeia tanto aos idosos, pois estes sabem poucas verdades que nem temos a coragem de mirar a distantemente, por isso inventamos o que se conveniou chamar de asilo.

O amor gera nada mais que a paz. Por isso dEle flui o fardo leve, o que vem em nome da salvação. E dizem que não temos do que nos livrar, tão grosseiros somos que negamos até que temos dor. E aceitamos nossa morte não física mais espiritual. E vivemos escravizando, melhor vivem-nos escravizando, levando-nos a pensar que somos donos, ou potencialidades, ou virtuosos. Meras falácias para alimentarmos o pesadelo deles: o poder que o coroem sem piedade. E como são sádicos, gozam na e da nossa miséria. Nos ensinam que não há outro gozo além de que a da carne.

Basta crer e serás salvo. Em ser apenas humilde e reconhecer que nada somos sem o amor que Ele em nos semeou e colheremos paz. Crer e amar incondicionalmente ao próximo como a ti mesmo. E amar é servir e, ser servo de Deus é apenas isso. Mas é para isso é preciso não crer no dinheiro e suas vãs prazeres que lhes trazem apenas dores e a morte. Não se serve a dois senhores, aborreceras a ambos. Tens dois caminhos, sempre, a libertinagem destas formas vazias de vida ou viver intensamente consciente das dádivas que Ele nos tem aqui deixado, recusando-se a si mesmo e viver do simples e humilde amor.

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