A SUPOSTA LIBERDADE NA LIBERDADE DAS DROGAS: UM SINTOMA DA REGRESSÃO A TEMPOS DE PRAZERES SEGUROS

 

Pensar em liberar uso de substâncias que são sempre invasivas ao organismo foi sempre  o princípio do fim das civilizações, pois quando estas estavam deterioradas elas precisavam se dopar, creio que não seja preciso ser historiador para perceber isso. Sobretudo que estamos falando de prazer e, este desejo de gozo no homem sempre será ilimitado, e para a morte como falava Freud.

 Portanto, o certo é, não importa saber que cada um que se utiliza de mecanismos artificias para supostamente trazer um pouco de alívio a sua angustia e vazio, porque se sabe que essa solução está fadada a ruína e, sim, o que se estar por traz dos que politizam essa forma de encontrar vida na morte alheia é, necessariamente, lucro.

Digo lucro da morte alheia, porque quando você usa algo para ter prazer e a domina é uma coisa e, a outra, é ser levado ao ponto de sair de si chegar a alucinar e até delirar com certas sensações sentidas por certos usos. Indago, inclusive, que até querer se aproximar de Deus sem racionalidade seja uma droga potente, não é em vão que condeno qualquer fundamentalismo. E indago que deus se prontificaria a  destruir o que criou. Onde estaria o amor? Ou que amor é esse? Só o deus dinheiro.

Bem, mas voltemos, cito que existe um projeto no senado que está para ser trabalhado pelo nosso legislativo. No site do Senador Paulo Paim, por exemplo, pesquisei:

“18/02/2014

Comissão fará até março debate amplo sobre outras drogas

Paulo Paim (PT-RS) informou que a CDH deve fazer, até o fim de março, um debate amplo sobre a questão das drogas — e não apenas sobre a maconha.

— Esse é um tema que todo mundo sabe que é controverso. Em uma audiência pública, a questão pode ser discutida com mais rigor pelos defensores e críticos das drogas.

A legalização do consumo de maconha foi a segunda proposta a alcançar o número mínimo de 20 mil apoios. A primeira trata da regulamentação das atividades de marketing de rede. Pela proposta, um projeto definiria “marketing multinível como um negócio legítimo, ao contrário do esquema em pirâmide”. A sugestão foi encaminhada a Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que deve apresentar um relatório sobre a viabilidade da proposta.

Jornal do Senado”

O direito ao gozo é universal. Apenas preocupa-me o que fazer quando não se tem estrutura sociofamiliar, socioafetiva e subjetiva para lidar com os desamparados desse país que necessita de Estatuto da Criança e Adolescentes – ECA, onde  não consegue estancar ou minimizar o enorme índices de adolescentes sendo mortos direto ou indiretamente devido aos conflitos armados por convívio com traficantes ou a vida de exclusão social, enfim, vidas são diuturnamente ceifadas pelos vazios semeados em famílias que não conseguem gerir crianças e adolescentes durante seus desenvolvimentos.

Será que é porque depois dos primeiros no ranque de mortes letais intencionais ( os adolescentes) quem mais morre/mata são aqueles que fazem uso de álcool em trânsitos, bares e ou boates? Sem falar os autos índices de incidentes advindos da violência doméstica devido ao uso de etílicos? Na Lei Maria da Penha também entra no rol de leis que parecem ser inócuas.

Essa realidade de violência advinda diretamente do sofrimento que leva o autor agressivo ao uso de psicoativos não será sintoma de que as pessoas estão, necessariamente, impotentes diante de suas dores e por isso precisam se alimentar de uma fuga da realidade e, assim atuar como se fossem irracionais, pois assim foram formadas? Para serem como se fossem animais ou objetos que não podem viver suas frustrações e por isso, precisam regredir a estágios dependentes, como crianças esperneiam e ou choram para terem os que lhes brevemente saciam?

Lamento que nosso lideres esquecem que o amor diz não, e essa negativa é delimitadora do prazer, e a dor ( frustração) e base para respeitabilidade. O prazer artificial não é uma única fonte de vida. Mas essa vida tem diversas fontes de prazer, creio que tudo que é natural é fonte de prazer, exceto tudo que é produto do homem. Pois, o que construímos, necessariamente é para nosso autoconsumo, então é destrutivo.

Aqui afirmo que tudo que é natural pode ser usado para o desenvolvimento sustentável e perene, porém, ainda usamos por exemplo fontes energéticas não renováveis e poluentes tendo um dos maiores potenciais celeiros de energia solar e eólica. Por que ninguém que pensar nessas fontes? Porque elas não dão lucros aos grandes capitalistas e, a estes não podemos decepcionar visto que são eles que bancam a miséria brasileira e riqueza para os nossos lideres. Então, porque não ser mais direto com o lucro macabro: vendamos a morte em cada esquina, junto com o álcool e tabaco, irmãos da morte para aqueles que tão vazios preferem matar o seu desejo visto no outro que o frustrou.

Nessa mesma toada, não me espanta a liberação de uso de drogas ilícitas no Brasil, afinal elas mesmo proibidas não matam mais que as lícitas, ao menos quanto ao uso. Matam, apenas por causa do mercado ilícito, por assim dizer, e também, a margem da sociedade todas as ilícitas juntas não matam mais que o álcool, mesmo os conflitos que delas surgem não vencem numericamente aos incidentes advindos do uso dos etílicos.

Mas quero deixar o alerta dessa manobra. Na liberdade do gozar é um sinal de que querem lucrar com o sofrimento daqueles que necessitam fugir da realidade que a própria sociedade criou. Não educamos para a vida, por exemplo, e sim para uma vida análoga a escravidão, vide que consumismos mais tempo no trabalho. Adquirimos doenças psicossomáticas tanto no translado para a laboração como no ambiente de produção.

Esses são temas que se preocupam: produzir para dar lucro bom e barato, mas nunca se preocupar com a mão de obra produtora, somos apenas peças da engrenagem; e nessa a família não tem tempo para ser um ambiente seguro e saudável; a vida torna-se análoga a sacrifício: então o melhor é regredir, voltar ao seio materno, lá tínhamos alimento, aconchego e liberdade.

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