Sonhar é preciso!
Cotidianas situações me levam a atuar como um sonhador,
especulando que irei vencer guerras internas, mas elas querem se eternizar
através do meu destino.
Então
a cada dia vivo como renascido, por ser, aos poucos, senhor do meu inconsciente,
tanto que, a cada despontar do astro rei ou até nós dias que ele se esconde, encontro
meios para não vender meu trilhar. E quando ele se vai não tenho mais medo do
escuro. Pois, não corro mais frio da morte, o temo, porque, adoro e louvo a dádiva
de cada porção de H2O a mim cortejada.
Mesmo
com uma atual postura agnóstica, Deus me deu a quem amar, entretanto, continuo sozinho
não por querer, mas para saber que meu caminhar não implica impor-se, sobretudo
sobre aquela a quem amo. Pois, companhia se faz com liberdade. Então conviver é
um eterno reconquistar e renovar a esperança continuar a ser altruísta. E amar,
ainda é impossível verbalizar, os nossos códigos não o comportam.
Não é
apenas ser empático e sim em uma permanente guerra interna contra o hedonismo
que coroa tudo que é plausível em mim.
Amar
é a maior expressão da máxima de que se queremos revolucionar o mundo, mude a
si mesmo, pois o amor é negar seu narcisismo que me defendeu, desde criança,
quando se buscava prazer para compensar as faltas de todos aqueles que,
suponha, deveriam ama-me. Mas o maior detalhe da vida é
ser só, fonte de expressão de virtude divina: amor em si para o externo e não o
inverso.
E ao
perceber-me com as faltas vista desde a orfandade, o melhor e único produto deixando
a mim foi saber que em mim tem que brotar amor e eu que tenho que dar frutos.
Caso contrário alimentarei o contínuo desamparo. Culpando e
não amando.
Digo
isso ao refletir que se somos todos faltantes e incompletos sobretudo quando elegemos
valores externos através de pessoas como juízes desalmados ou também
desamparadas, imersas em suas faltas, prontas, mesmo que inconscientes, para nos
abandonar ou castigar como fomos quando crianças. Muitas não por maldade, mas
por suas faltas terem aprendido o sofrer como regra de sociabilidade.
Enfim,
hipotetizo que, precisaremos aprender sermos sós para aprender que já nascemos
dotados não só para viver, mas para amar de maneira não aprisionante. Onde cada
um estar com o outro para sermos mais que uma sociedade, uma comunidade de
comuns e diferentes distribuindo nova forma de lidar com o poder menos desigual.
E isso se faz aceitando-se como quem está em desenvolvimento
psicossocioespiritual e formando os nossos dependentes assim, bem como, nossas
relações.
Então,
libertarmo-nos com nova forma de equilíbrio de poder, onde todos podem e devem
conviver partilhando juntos nossas virtudes e limites aceitando que não somos
todos detentores de desejos que precisam ser conhecidos e vividos aqueles que
agregam prazer a mim e a você simuntaneamente.
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