A CADA LIBERTINO QUE REINA EM NÓS
Sou apenas um cínico, que teima crer em algo supremo para sobreviver ao vazio da vida e, após ela, evitando ficar em desperdício de oxigênio usado e usurpado mortalmente inutilmente.
Sadicamente a razão toma-me insanamente ensaiando o evoluir de uma inteligência emocional levando-me cada vez mais a uma maior solidão, a qual jamais existirá.
Então, será morrer a mais perversa dança sádico-masoquista, significante maior de que viver sem o sofrer é apenas morrer infantilmente.
Todavia,pensar custa pouco, mas seus impactos trazem a mais verdadeira mentira, aquela agrada a ninguém , mesmo assim, sinto pueril prazer que se desfaz ao o sentir, penso e logo existo, por milésimos de segundos.
Prova cabal de que nada se sustenta ou existe, tudo torna-se vão e sutilmente inexistente para além do seu nascer-morrer, e o que gozamos está entre estes verbos e nem sabemos nomear é um doer, na realdade uma falta.
Esse padecer imediato, apenas, talvez, traga de Deus seu ensino maior: a ácida e penetrante humildade que quero negar em tamanha petulância de minha perene errância, mas depois de Deus,quero apenas meu amor pois ao menos neste sei pouco, mas especulo, porque sofro.
Mas não morri ainda, minha revolta e indignação diante do meu reflexo, provoca desejo de ser eterno e isso fere a Deus? Será uma profanação deplorável de minha pequenez, mas Deus é uma metáfora grandiosa e fabulosa, ou melhor, é minha vida que me consome enormemente, não em culpa, mas no pesar do passado que trouxe dos resquícios do inconsciente, talvez porque sei que gostei do que lá escondi e que cada porção inconsciente, afastava-me do melhor de mim, o espiritual.
Ah como era liberta minha criança, mas oh mísera condição humana, que me condena, a cada dia, a vida adulterada do mundo adulto, a qual, pecaminosamente, me leva alado a decair em meu determinismo de ser útil ao próximo, para ver se encontro a mim mesmo.
Com a vida adulta conheci o errar, a partir o mentir, que tenho que cada dia matar, matando um pouco de mim. Mas sei e sou ser em evolução, que se completa na inevitável morte, portanto, tenho que viver com certa dignidade. Pois, até o que restará, não será nem minhas ideias, porque elas não passam de engodo compilado desde das mais irracionais dores vividas há tantos séculos.
Mas, é daí quem se importa? No final temos cada a um ao seu modo oportunidade de se regenerar consigo, com o universo e todos através de Deus, nem que seja como réu, como dizia o Libertino "TENTEI FALAR A VERDADE MAS FUI TRAÍDO", no fim, é você e Deus, ou para tantos, a morte.
Continuo relutando querendo vida, e não quero mais repetir o personagem principal do Libertino "QUERO QUE VOCÊS ME ODEIEM", pois, por Deus, sei que são conciliáveis e pertinentes em vida e em dor, a vida e o amor, mesmo que, ao falar em amar, volto a citar o Libertino, meu amor: "JAMAIS VOS PERDOAREI POR ME ENSINAR AMAR EM VIDA"e, entretanto, Deus com misericórdia e perdão me ajude ti louvar amando. Mas é um mistério esse fenômeno Divino
.
Comentários
Postar um comentário
Os comentários serão de primeira e última responsabilidades dos seus autores. Portanto, esse espaço é para uma criticidade respeitosa e colaborativa. Então sejamos éticos. Obrigado por partilhar suas opiniões.