INDIG’NAÇÃO


Eu tinha parado esse blog por também desejar não mais ser nada além de Xukuru, pois nem pernambucano, posso ser, por motivos da conjuntura fui impelido a estar em terras estranhas, mesmo que era um antigo sonho, sorte que estou arrodeado de pessoas que, além de crerem e precisarem de mim, estão abertas e necessitam de amizade.
Enfim, retomo a questionar e provocar reflexões a partir de minha indignação.
Em tempos que a verdade serve ao individualismo, ou melhor ao interesse pessoal a sordidez se torna regra e, enfim, a empatia, a alteridade e altruísmo são acusados de serem princípios mentirosos e, tudo que se refere a pessoa humana é violentada, tudo que é social volta a barbárie e direitos humanos são estuprados por uma democracia de poucos. Verdadeira essa é uma demago'cracia, o povo não é mais massa de manobra, ele sabe que é escravo, e como filhos de uma indig’nação, “um estado que não é nação”, estão passíveis nem se indignar sabem ou podem, pois na realidade estão no estado de real ditadura democrática.
No fim de agosto, este carrasco que quer ser um sistema parlamentar, diante de um público nacional atônito que sem saber que realmente acontece assista uma manipulação de sua precária liberdade, efetivado enfim, por um judiciário que deu um passo para deixar o que sinalizei acima evidente: estamos em uma indig'nação.
Não por foi destituído uma mulher, não porque ela foi acusada por provas inconsistentes, não porque por traz do movimento dos acusadores temos ideologias neoliberais  e, sim porque atestam assim, que somos, ainda, uma colônia.
Interesses de vender o país a grandes corporações estão em jogo, ou seja, não é em vão que a mídia’ocracia, mediocrizante de nossa população, a bem de poucas famílias do país prova que a indig’nação sofre um golpe, apenas não saberá de imediato onde, pois houve um “alguns picaretas com anel de doutor” fazendo festa no congresso nacional para encobrir a venda do pré-sal para a colonização ianque, vendendo as nossas riquezas perecíveis. Em contrapartida a isso o executivo, propõe congelamentos de diversos ganhos sociais com uma maquiagem contra o deposto governo, acusando-o de responsável único, pela crise mundial. Por outro lado, o judiciário cobrou seu preço executando em aumentos salarias acima da crise.

Mas a indg’nação atônita assiste a olim’píadas, que bom, fazem base da palavra piadas, dando espaço para “pão e circo” esquecem que no ano da copa do mundo houve início do que culminou no episódio do fim de agosto. 
São tão ardilosos, semeiam armadilhas bem determinadas e arquitetadas que se não fomos críticos somos levados a aceitarmos como errados os certos. São muitas fabulosas as intervenções dos neocolonizadores desse “estado que não é nação”. Não é em vão que o pão e circo calha bem com tamanhas misérias, que temos no cotidiano e quem se levanta contra esse real apartheid  são condenados e mensurados como traidores.

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