AMAR, OU VIVER SEM SENTIDO: PROFETIZAR O AMOR, EIS A MISSÃO DOS DIREITOS HUMANOS


Cotidianas situações me levam a atuar como um sonhador, especulando que irei vencer   guerras internas, mas elas querem se eternizar através do meu destino.
Então a cada dia vivo como renascido, por ser, aos poucos, senhor do meu inconsciente, tanto que, a cada despontar do astro rei ou  até nós dias que ele se esconde, encontro meios para não vender meu trilhar. E quando ele se vai não tenho mais medo do escuro. Pois, não corro mais a noite a fio tremendo de frio, o da morte, o temo, porque, adoro e louvo a dádiva de cada porção de H2O a mim cortejada, mas se vivo, o faço como o primeiro dia a se eternizar.
Mesmo com uma atual postura agnóstica, Deus me deu a quem amar, entretanto, continuo sozinho não por querer, mas para saber que meu caminhar não implica impor-se, sobretudo sobre aquela e aqueles a quem amo. Pois, companhia se faz com liberdade. Então conviver é um eterno reconquistar e renovar a esperança continuar a ser altruísta. E amar, ainda é impossível apenas verbalizar, os nossos códigos linguísticos não  comportam tal verbo em sua superioridade, pois só se vive dignamente amando.
Não é apenas ser empático e sim em uma permanente guerra interna contra o hedonismo, assim é quando louvo tudo que é plausível em mim.
Amar é a maior expressão da máxima de que se queremos revolucionar o mundo, mude a si mesmo, pois o amor é negar seu narcisismo que me defendeu, desde criança, quando buscava prazer para compensar as faltas de todos aqueles que, suponha, deveriam ama-me. Mas  o maior detalhe da vida é ser só, fonte de expressão de virtude divina: amor em si para o externo e não o inverso. Em suma, amor, paz, alegria tem que existir em cada um de nós e não nos outros ou nos contextos. Não que estes agreguem, mas porque cada um tendo em si sua fonte de amor, tudo se torna mais digno. Ninguém amando-se de verdade seria narcisista, ou explorador.
E ao perceber-me com as faltas vista desde a orfandade, o melhor e único produto deixando a mim foi saber que em mim tem que brotar amor e eu que tenho que dar frutos. Caso contrário,   alimentarei o contínuo desamparo. Culpando e não amando.
Digo isso ao refletir que se somos todos faltantes e incompletos,sobretudo, quando elegemos valores externos a nós mesmos, ou seja, através de pessoas, as fazemos como juízes desalmados ou também desamparadas, imersas em suas faltas, prontas, mesmo que inconscientes, para nos abandonar ou castigar como fomos quando crianças. Muitas não por maldade, mas por suas faltas e terem aprendido o sofrer como regra de sociabilidade.
Enfim, hipotetizo que, precisaremos aprender sermos sós para aprender que já nascemos dotados não só para viver, mas para amar de maneira não aprisionante. Onde cada um estar com o outro para sermos mais que uma sociedade, uma comunidade de comuns e diferentes distribuindo nova forma de lidar com o poder menos desigual. 
E isso se faz aceitando-se como quem está em desenvolvimento psicossocioespiritual e formando os nossos dependentes assim, bem como, nossas relações.
Então, libertarmo-nos com nova forma de equilíbrio de poder, em nome de nossas individuais independências, de forma que todos possam e desenvolvam, no  conviver partilhando virtudes e limites, aceitando que não somos todos detentores de desejos que precisam ser conhecidos e vividos aqueles que agregam prazer a mim e a você simultaneamente e, aqueles que não agregam, não os neguemos e, sim, deles evoluímos e sermos melhores no vir a ser de cada um.


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