Mensalão? Que nada existem violações históricas...



Não li ou assisti nada sobre o que vêm acontecendo no Superior Tribunal de Justiça, quanto o que se convencionou chamar “mensalão”. Isso na crença que a nossa justiça em seu único braço quase determinista, não deixando margem para às diversas formas de jurisprudências, como as das tribos indígenas ou das populações tradicionais (...) E, com essa negação histórica, penso que sempre será, ela, a nossa justiça, injusta. E obviamente por descrença no sistema, como ai se mostrar a pelo menos três décadas de suposta democracia, ou essa como um eufemismo da plutocracia, ou aristocracia, ou ainda, feudalismo da “mono-cultura”, a do consumismo.

Bem, a princípio dirá um desavisado que a justiça monista, o mensalão e a pluralidade de justiça não dialogam. Mas bem, pensemos. Um modelo de justiça plural seria baseada na aceitação da nossa pluriétnica e essa, pelos quase três mandatos do Partido dos trabalhadores – PT, foram direta ou indiretamente ventilados e sacudidos nas bandeiras vermelhas de estrela branca em passeatas, campanhas sindicais e eleitorais. Como também nas falas, pelo menos dos dois presidentes eleitos por essa sigla partidária que perdeu sua, se é que teve, ideologia.

Quero enfatizar que diretamente sonhamos, juntos para respeito a diversidade, a inclusão de maior participação popular das camadas não abastadas e de empoderamento das minorias de acesso aos direitos fundamentais.

E por que não dizer que sonhamos para que todos e todas as formas culturais tivessem espaço de se expressar e de dialogar de maneira equânime. Ou seja, as várias culturas seriam ouvidas e potencializadas, em detrimento o que foram vítimas historicamente. Porém, parece que todas as diversidades desse “Estado, que não é nação” e sim, nações, foram a elas não são favorecidas o empoderamento, ou seja, dada as mesmas o direito de sê-las e assim fortalecidas e não alienadas a um modelo cultural hegemônico. E além disso valorizadas como fonte de nossa real miscigenação, mas também respeitada pela diferença que bem nos constitui.

Ou seja, o empoderamento, aqui quer-se que seja percebido como, direito igual para as diferentes formas de sermos iguais, mas percebendo as diversas formas de perceber e viver em sociedade.

E para tanto, precisa-se respeitar as diversas formas de pensar e interagir entre si, melhor, em suas peculiaridades. E não introduzir , sem entender as diversas maneiras de regras e por que não dizer justiça.

Portanto, aqui está uma voto de pedido para que seja percebida as diversas culturas e etnias de nosso país, só assim será percebido realmente as diversas formas de vida saudável, como a do “bem viver” dos Xukuru, onde a maior punição a um infrator é o banimento da Mãe Terra. Ou seja, o que fere a um entre os xukurue sendo passível dessa imputação, fere a todos e, assim não sendo digno de gozar das riquezas e benções da Mãe Terra é expulso.

Então, penso que maior punição poderia ser pensada aos históricos agressores dessas culturas e etnias que parecem melhor exemplificar o louvor a cultura de paz. E se puníssemos com mesmo brio aos trucidadores desses povos, políticos e empresários não seriam tão impunes ou ao menos tão sínicos em defesas de suas próprias miseráveis concepções de vida.

E assim teríamos maior participação política e esperança em um futuro menos selvagem ou bárbaro. Pois o que se consegue perceber é que não progredimos em quase nada a nível de justiça pois temos a percepção de que somos escravos em nossos trabalhos; em viagens de ônibus desumanizados, onde parecemos gado sendo levados ao matadouro; ou quando em família não precisariam de tantas drogas para esquecer o cotidiano...

Parece que sentimos que ainda somos escravos e dizimados como insetos ou meros objetos de enriquecimento ilícitos de uma minoria.

Então, creio que todos os ilícitos dialogam com as nossas diversas culturas e etnias pois eles negam a existência de igualdades. Muito menos de uma busca de respeito e prosperidade e sim escravismo diverso, exploração de todas as expressões de vida do planeta e, sobretudo, negação de amor, ou seja, de uma cultura de paz.

Portanto, como posso ficar atento ao questões de ladronagem dos que usam colarinho ou gravatas se eles são fruto de um modelo histórico se eles roubam ou não, outros o farão. Temos maiores dívidas a serem pagas. Por exemplo, os mortos na Ditadura militar, fenômeno abafado, do qual apenas uma pequena comissão buscará “verdades” em um curto espaço de tempo e escasso acesso as grandes violações; ou ainda, as invasões bárbaras das terras indígenas; ou ainda a marginalização desses povos.

E pior a cegueira aprendida em escolas; ambientes de poucos professores que não sejam pelegos despolitizados; o a política negada como o segundo caminho para salvação dessa “pseudademocracia”,pois a educação só é formadora de escravos para o mercado de trabalho.

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