A MORTE DO DESTINO


Sendo a vida tão óbvia que foi criado um suposto mistério chamado destino para tentar entende-la.
Para, buscar alguma particularidade desse fenômeno que a temos como dádiva, sem dúvida a única real, metaforizarei uma semeadura. Plantemos juntos rosas e, colheremos cravos?
Pode ser que se o solo não esteja bem irrigado, ou lhe falte a manutenção aquífera, ou ainda, falhe o carinho do semeador. O que se mingua, ou o qual semente morrerá sempre será a da rosa. Sim com seus sonhos de gostosos odores; seu toque suave almejado e suas estúpidas  necessidades de existirem, os espinhos. Tudo, que lhes dar um ar feminino de ser. E não a máscula postura do Cravo.
Tentando ajudar a analogia do roseiral e não dos cravos, citou-se variáveis que se mensuráveis, outros possivelmente não. No entanto, todos remediáveis, ou melhor ainda, previsíveis. Digo de tino certeiro que sendo o semeador experimentado ao trato do solo; estudioso das intempéries e ainda um árduo afeto para suas semeaduras, inevitavelmente todas as variáveis citadas ou outras omitidas seriam meros motivadores de maior ou melhor convívio entre a sega e o segador.
E esta interação, creio, que quanto mais intrínseca  e harmonicamente garante uma quase impossível separação entre ambos. Pois a mutualidade pode ser tamanha que um é tão do outro, ou o outro, que só existem nesse e com esse contexto.
Sendo assim, também, a vida, em nada depende do destino. Sendo mero subproduto do contexto que se é desenhado ou almejado e prognosticado a partir da atuação e buscas de cada vivente.
Se, as varáveis propositadas de cada um de que possui um pouco dessa dádiva a adubando de amor com seus necessários nãos promovidos por pessoas suficientemente sãs e conscientes de suas atuações ante a pessoa que será solo, o adubo os sentimentos, a água e o sol os contextos e a vida a rosa.
Nesse solo será plantado o que amanhã se dará indiscutivelmente adubação para paz ou conflito e necessariamente os contextos maturará a vida de cada pessoa.
Sempre nesse solo são florescido o que estamos podendo cultivar arrodeados de  uma variedade de outras plantas que sempre sufocam a planta subjetiva de cada um e, pouco ajudam ao florescimento individual. Cada mais perverso seja o sujeito ele sufoca as outras plantas que nos circunda como se cada um fosse um parasita e todos sempre em perfeita guerrilha nunca apenas anunciada, quase sempre velada, porém nunca passiva. Cada um querendo melhor localização nesse solo, onde seja mais propenso ao sol, água e adubo.
Os sentimentos como adubo são as mais instáveis sendo químicos precisam serem bem balanceados e são necessariamente os humores que são afetados em cada contexto em interação dialético. Os sentimentos são base do que é expresso no que conceituamos caráter, a face mais visível da personalidade. Esta que é de contínua construção apesar de possuir uma base já fixa antes da adolescência e, nessa ancorada no dilema de aceitar maior ou menor variação dos contextos, que aqui chamamos de água e sol.
Estas duas trazem a expressão do caráter frio da água e sua indiferença com o próximo ou o calor ad interação afetado com o próximo. Todavia, aventuro uma terceira forma de interação com estes dois contextos, um harmônico, onde se aproveita da busca de interação parcialmente frio e relativamente distante em busca de um convívio de si intimamente aquecido com essa percepção constante em contato afetado e afetável para com os outros e assim também quente.  Assim, portanto, homeostático e harmonicamente consensual.
Bem, esta última é a boa semeadura. Para tanto, necessariamente necessita-se aceitar a personalidade nunca como pronta e sim dinâmica em perfeita dialética de está sempre almejando melhorar. E isso sempre repensado em cada contexto.
Não é hipócrita como o relativista. Ou pouco evoluído como o dialético. É sim rico como o contextualista: Pois essa sendo respeitado a subjetividade, coletividade em cada contexto e em rica troca pode-se obter o mais belo simples da rosa; o melhor perfume dela que afeta a cada subjetividade de uma maneira peculiar; a força dos espinhos que apenas fere quem não se permite os conhecer. Em suma, uma incessante vontade de buscar a verdade não apenas implícita e sim esta com o explícito.
Isso necessariamente acarreta o melhor do ser humano: A diversidade. O rico da nossa beleza a diferença e essa garantidora da relação pois sem ela nada seriamos apenas mortos que já não nos enricamos dessa misteriosa força que nos faz o que somos um todo. Onde se propaga  a força de nossa liberdade em sermos todos e ninguém é o nada, somos o tudo. E portanto, como o vento direcionamos para onde e como queremos e assim amanhã colhermos o que semearmos.
Parece-me que se Deus depositou sua semelhança em nós ela se expressa nessa colossal variedade nossa: De condição humana; de desejos; de dores e de amores, se é que estas se separam.
 

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