ATO MÉDICO OU É ATO DA NÃO CIDADANIA E OMISSÃO?


A democracia necessariamente configura-se na necessidade de corresponsabilidade de todos os entes que desse sistema se abrigam da intempéries do autoritarismo. Porém um dos maiores vilões dessa política é deixar a população base dessa forma de relações sociais (a)politizada e longe das decisões e sem escuta de suas carências.
Talvez o Sistema único de Saúde - SUS, seja o maior vetor de comunicação do mundo, onde acessa maior população desse planeta. E assim sendo, necessariamente é no SUS que maior violação de direitos humanos ocorra.
Isto porque pouco se discute, mais a omissão, negligência e burocracia ocorrem de maneira tão gritante que parece naturalizada a forma arbitrária que somos tratados pelos médicos sobretudo, como os demais servidores de saúde nesse país. 
Isso parece até ser suposta bandeira do famigerado ATO MÉDICO, uma medida que tramita no Congresso Nacional a fim de ampliar plenos poderes que os médicos alegam tê-los por natureza de suas atuações. Na realidade e lamentavelmente nenhum dos congressistas acessem ao SUS para perceberem quanto desumano é atuação de certos médicos que se pouco falam com os seus pacientes são menos claros que a caligrafia desses profissionais. 
Em suma o tal ATO quer negar as equipes médicas maior interação entre os profissionais. Negar que a Interdisciplinaridade possa ser efetivada, pois nessa o debate sobre melhor terapêutica não existe hierarquia de saberes e sim uma relação harmoniosa entre as disciplinas.
Porém, como os parlamentares não conhecem as dores provocadas a população por um cidadão que entra na faculdade sentindo-se semideus e sai dela considerando-se como o deus. Nem a população (a)politica pode perceber qual o maior prejuízo se esse ATO for favorável aos médicos.
Um exemplo disso é o fato que os Conselhos e Associações dessa classe profissional tem questionado, sem proposta melhor, apenas maior renda, como se isso resolvesse, ao fato da Presidente está provocando a vinda de profissionais do exterior para que esses sejam alocados nos confins do país para atuar onde a nossa classe médica tem se negado a atuar.
Eles alegam que os médicos do exterior não sabendo a língua ou não tendo que passar por (re)prova eles podem prejudicar mais que ajudar.
Nesse contexto eu pergunto, onde estão os médicos que por amor de seu povo não foram ajudar a população carente dos confins dessa nação? Porque eles não querem receber os 10 mil reais prometidos ofertados? Quem nesse país tem um piso salarial nesse nível?
Parece-me na realidade que a histórica identidade social de "doutor", na realidade sendo mero médico, ainda cega a real cidadania e dignidade de contribuir para a melhora do país. E ainda culpam a Presidenta como se ela fosse a única culpada de longa desigualdade social que história ainda se imprime em nossa sociedade.
Então que nessa onda de esquiva das mobilizações de ruas seja gritado que cada um tem responsabilidade de tratar das questões sociais em que o país está imerso. Pois deixando os políticos e as classes sociais ou as classes profissionais discutindo isoladamente só tem garantido a manutenção da nossa miséria de cada dia.
Por isso que o artigo quinto da nossa carta magna, que é pétrea, ou seja intocável e não moldável seja efetivada: Igualdade para todos e todas. E para isso é preciso está se informando para debatermos todos os tema. chega de auto omissão e negligências. Vamos as conquistas do diálogo.

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