O QUE É SER ADULTO/A ( DO ÀRCADISMO, AO BARROCO E EM FIM O ROMANTISMO)


 
Estranhamente, mas é o que salva a pessoa e a continuidade da sociedade, apesar de suas imensas contradições, são os humanos que não possuem poucas contradições internas. Entretanto, o/a adulto/a é aquele que não perdeu seus sonhos e que para realiza-lo suporta o tempo necessário e não atropela aos seus semelhantes para alcança-lo.
Em suma ao nascer à pessoa, mesmo que tenha sido violentado pelas imposições da fase inicial da vida; na adolescência já pode ser libertário de sua subjetividade e se tiver êxito e vier a não se desgarrar do que seu coração foi sensibilizado a amar e, com isso ser feliz. E essa energia que impulsiona a pessoa à alegria, brota via o amor do bem maior, a paz.
Bem, para tê-la necessariamente começa-se pela paciência e resiliência, a primeira para esperar chegar à oportunidade individual e para esperar pacientemente deve ser resistente ao ponto de não desesperar. E para isso é indispensável ter sido semeado em meio ao amor e a paz. Ou ainda, ter fugido do desamor e as violências, porém este que teve que se ausentar de quem o agrediu necessitará de maior resiliência e uma estrutura de amor próprio tão bem fincado que o evite se vender a revanche e ao rancor, ódio e suas drogas. Enfim, ele terá que possuir fé para remover suas próprias montanhas de amargura.
Estranhamente, os que não foram provados pela dor, perdas, traições ou as violências citadas, também dificilmente poderão viver na sociedade atual. Se aquele violentado necessitará de maior fé, estes não provados, será facilmente vítima de seu pré-romantismo. Pois o que sofreu é um barroco nato. Este parece que não saiu do arcadismo e não lida com a dor da perda e assim não conhece a maturidade dada pela frustração.
Todavia, essa metáfora da literatura do homem que em sua labuta evolui da percepção do bom homem/mulher árcade, sonhador/a e amante das naturezas humanas processa um barroco que lhes ensina a verdadeira natureza social corrompida e mesmo assim este/a não se vende ao doce da verdadeira podridão da civilização e continua a evoluir ao romantismo libertário onde realiza seus sonhos de amar e lutar eticamente e responsável pelo seus sonhos, sem mesmo assim, assassinar sonhos alheios, pelo contrário, convivendo respeitosamente com os sonhos dos seus semelhantes, este romântico estará indo em uma boa evolução a paz de espirito a obtenção da verdadeira libertação.
Necessariamente seria acusado de ingênuo. Porém aos inquisidores os indago: Quem guerreou ilegalmente, o que estuprou sonhos alheios, quem violou propriedades é feliz ao menos? Pois, paz sei que não terá neste mundo, tanto que vivem arrodeados de seguranças e prisões encastelados. Ou ainda, o capitalista que aliena e escraviza sonhos alheios tem felicidades sem a miséria humana. Afirmo confiadamente se ao menos ele é feliz, para que ele necessita embriaga-se ou droga-se? Quando não vende sua alma a outras circunstâncias mais questionadoras.
Bem, por experiência e percepção científica fico com a hipótese que o modelo romântico que apresentei é o mais próximo do adulto satisfeito por ser salvo das mazelas deste mundo. Aquele que é necessariamente filho do amor ou da falta dele,  mas que sabe a virtude desse verdadeiro sinal Divino em cada um. Se esta virtuose for arada, adubada e bem regada seus frutos subirão aos céus. Não há glória maior que aos que vivem livres de si mesmos, ou seja, de seus desejos que lhes afasta do verdadeiro amor. Os que seus medos os protege, mas não os congela; e suas virtudes são suas liberdades, que ela não é única, único é sua expressão e, que seu amor é nutrido a parti do espirito e não do desejo da carne ou do exterior a ele.
Cedo ou tarde que usa as pessoas são cobrados, pois a natureza nos devora cedo ou tarde porque nos a devoramos. Nós não passamos de adubos. Na melhor das hipóteses. Então porque não cremos em uma vida de paz. Ter fé não em homens, mas que estes podem alimentar o melhor que neles foi semeado?
Porém, o amor, essa semente, árvore e fruto é a maior virtude deixada entre nós. Ela é basicamente o “não” essencial. Ele não é permissivo, ele é libertário e não manipulador. Ele não embaraça ou confunde. Ele é social e não egoísta ou narcisista ou ainda levado ao extremo impulso desconexo ou desesperado. Pelo contrário ele é parcimônia e paciência por excelência. Ele enfim, é semeado em cada subjetividade, cresce em interação e se fortalece assim, e dar frutos dessa relação harmônica.
Portanto, o adulto/a é aquele que semeia amor e colhe a paz. É a rosa que não é colhida mas querida platonicamente  pelos seus espinhos que nada mais são que pétalas não vingadas e mesmos assim admiradas e respeitadas em sua diferença e rudeza. Enquanto suas irmãs, as pétalas amadas não são subjugadas pelo contrário é protegida até que ela se entrega voluntariamente a ser adubo da terra que lhe brotou e sustentou. Eis ai o adulto/a: Rosa.

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