PAI TERRESTRE

 

Provavelmente se torna pai seja a maior dádiva, ao homem como dar a luz à mulher. Mas certamente essa dádiva dê ao homem uma sensação maravilhosa, porém condenatória, o poder.

No entanto, penso porque Deus concedeu a ela gerar filhos, com a importância de ser o depositário do que constituímos de simbologia da , parece-me que para já incialmente provar que não somos nada sem o coletivo, sem o próximo/a. Será que sendo a mulher maior expositora de nossa incompletude, inconscientemente mobilize no homem a ultrajá-la, porque ela nos remete para a humildade de nada sermos, sem um ao outro e assim que desde o início somos mais que dependentes de Deus, mas também somos obras e criaturas dEle. Mas o elo que nos une, está atado desde sempre e não nos perdemos de suas mãos amorosas, mesmo que sejamos imprestáveis, avarentos, odiosos e murmuradores.

Provavelmente em sua onisciências sabe que o homem é o ser mais fraco e covarde. Tanto que é no homem que se explica, também, a maior tentação nossa, o poder.

O poder em sua plenitude pertence a Deus. Só quem realmente possui pode dar e não temer perde-la,  pois sabe que ele volta a Ele.

Deus que diferentemente de nós, sua imagem e semelhança que queremos reter o poder demonstrando dois aspectos dessa frágil constituição humana: fraqueza e covardia; Ele, por sua vez, não temeu se fazer humano e exercitar o amor mais significativo que é dar a vida por nós. E quando se fez homem defendeu,  sobretudo os pequeninos, os pecadores e em especial as pecadoras afiançando a estes prioridade, por saber que os machos pouco evoluem para a mentira que chamamos de homem.

Este último, por sua vez pensa que ser forte é reter, seciar, explorar, violar, agredir, dilapidar (...). Enquanto Deus mostra que ter poder é doar-se, humilhar-se: é amor no mais extremo conceito desse verbo.

Esta diferença deveria ser percebida pelos pais. Estes pensam que os filhos são seus semelhantes, esquecem de Deus. Pensam que a delicadeza da criança é base para que ela se torne o “pai do homem” e contaminam-na com mimos, como se a vida viesse dar tudo pronto para a criança e quando essa extrapola o homem/mulher surge com seu conceito errôneo de poder.

Nasce às diversas frustrações dos erros de auto percepção. As crianças por um certo tempo continuara ainda sendo o pai, até que os seus pais, de acordo com as suas respectivas maturidades  corta o verdadeiro cordão umbilical, o não, este é o grande socializador.

Todavia, não esqueçamos que a concepção de relação já incialmente está deturpada. Refiro-me aquela entre o verdadeiro Pai e sua criatura ( Deus e o/a homem/mulher). Devido a concepção errada do acesso e do próprio poder. É como o homem imitando Deus crer que pode crucificar a criança, a mulher a natureza. Irônico estas três serem femininas.

Ledo engano. A criança subordina os pais até certo época, à mulher é a quem até certo modo quem diz ao homem como postar-se (mães e esposas) e a natureza por vezes devora em sua violência o ser humano em sua arrogância. E ainda, destas três, vem as diversas fontes de prazer: a criança está o sonho de perpetuação e eternidade;  a mulher doa o maior prazer ao homem e na ausência do amor que ela proporciona este é jogado a violência da natureza em vícios diversos, como zumbis e por fim domar a própria natureza é simbologia do poder superior de Deus.

Mas as três, o homem parece saber a verdadeira forma de lidar, mas geralmente utiliza-se para domar ao seu poder, o homem é um condenado a morrer sem seu prazer maior, o poder. Vejamos, inicialmente sabe mimar a criança e a subordina com presentes para depois a violentar ou ao menos geralmente negar que esta possa construir seus próprios sonhos; a mulher utiliza-se dos mesmos dengos, presentes somados a outras seduções para lamentavelmente a usá-la de troféus, ou como escrava doméstica, ou fonte de prazer quase nunca mutualmente e poucos para fonte de um relacionamento; e por fim a natureza,  o homem estuda, avalia, projeta por fim polui, desmata, constrói aranha céus e fábricas a fim de dar seu toque final: a morte.

O ser humano é um ser óbvio demais. Sabe de seu destino parece multiplicador da morte. Mas esquece do seu nascimento. Ele foi pensado para a vida e eterna. Mas nega voltar para seu Criador. Nega-se que Este demonstrou amor humilhando-se, fazendo-se homem amando sua criação. É assim que o homem tem que lidar com as crianças, mulheres e natureza. Quem semeia “vento colhe tempestade”, já dizia o provérbio. Porém ninguém semeia cravo e colhe flores. Em suma quem semeia amor colhe paz.

E esta, nasce e nunca morre, pois vem do Criador. Todavia a sociedade é expert em criar mentira: Paz confunde-se com felicidade. Esta não nascida do real amor, e sim de alegrias fluídas de multiformes de vícios. Alegrias não nascidas da liberdade e sim de cativeiros, pois o amor aqui pensado é apenas é basicamente de subordinar alguém como alvo de sugar prazer: o humano tornou-se, ao negar seu Criador, em um usurpador de tudo que lhe traz um sopro de vida. O pai terrestre, nada mais é que um sádico. E o sadismo e a evolução do adulto detentor do distorcido poder e o masoquista quem elege o sádico. Mas isso não é nenhuma novidade.

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