Coração Espalhado Litoral Literalmente, Ilhado.
Porque tenho que estar sempre lutando contra a maré, ao
ponto de não ter me deslumbrado com tantas belezas e potestades daquele
ambiente tão perfeito e belo imerso, em meio ao Atlântico, uma verdadeira
“esmeralda do Atlântico”.
Mesmo, quando sou sacudido em perfeita sensação de
completude, como em Noronha, percebi quanto estou à mercê do amor. Todavia, um
amor também, ainda, proibido, entretanto, quem não quer ser tomado por este sentimento?
Especialmente quando ele é tremendamente avassalador.
E vivi, vivo desde então, a vida de outra forma,
aguardando, agora consciente de sua onipresença, ainda não tão intensa como
merecemos, todavia, apenas você ilhada, como ao meu nó que sufoca meu peito que
torna por horas, a subir e assim travar a garganta, enquanto eu entre tantos
urbanos totalmente, eu também ilhado,
tão só que me assusto neste mar de
pessoas que não me veem ou me fazem sentir calor humano, tão frios que você a
milhas me aquece a alma simplesmente, pois tenho a loucura da solidão em derredor.
Ela, com suas dúvidas e medos ?
Que nada, projeta-se no tempo e pouco a pouco no meu espaço exterior e, mesmo
assim, implode-se em meu mundo interior, pois a internalizo. Destronando tantos
sentimentos antigos e eu se deixando ser germinado a outros para além da mesma qualidade
e virtude. Todavia, agora, após toda a minha anterior sensação de perdido, presentemente
pertencente, sinto francas as dores das feridas
feitas pelas suas navalhas de duplo gume, a moda da valentia pernambucana que
me corta por fora e sinto e marco-a dentro de mim, tão singelamente; seu
produto é agridoce advindo dos teus lábios e corpo, quente em sal e doce
ondular, menina em corpo de estética de mulher, loucuras de insanos sãos e
conscientes, um balançar barroco na vida e morte de diversas formas e a cada
momento, sempre se formando novas vidas
em nós.
Eu implodido por teus caprichos de amar, apenas me
permito para que partículas minhas ti encontre no espaço e no tempo e, assim
vençamos o que se distancia do que se espera, pois teus encantos são de mil
formas emaranhados em mistérios, que desvendo apenas em me tornar em mil
pedaços a fim de ti conter em mim e para nós.
Mas não é contenção aprisionante, necessariamente é um sempre
ilhado por mim, mas de forma que possa atentar para cada demanda sua, para mim,
em mim e, sim proteção, preservação e libertação da espécie de nosso sentimento,
vida que a por vir perenemente.
Também não apenas como amostra grátis de nossa perfeição
individual e sim de amar teus equívocos e medos concernentemente para podermos
aprendermos que somos evoluídos para aceitarmos o processo que estamos, em
suma, nunca completos, porém abertos e assim podermos evoluir para o que nós é
permitido.
Mas não suportas meu sofrer, será que apenas porque magoa
você ou é prova de amor a mim? Sei apenas que cada vez mais carente fico de forma sufocante porque carente choro e
regrido a estágios de indiferença. E é essa única forma que fico apenas chato,
carrancudo. Mas como não, se não tenho quem me estimula a perceber as benesses
da vida, pois apenas vi os espinhos e sem você é o que apenas me resta e fura
periódica e sistematicamente.
Todavia, contigo até as agressões maiores subjugo-as de
maneira a viver mais perfeitamente em minha força, sobrevivo em meios as
tormentas. Mas, o porquê, de tanto chorar se tenho você, simplesmente serve
para lembrar os 37 anos de indiferença do mundo por mim e por você vividos.
Pois, também eu que ti machuco sufocando-te com minhas
infindas imaturidades, comprovam-me que sou alvo de seu amor, pois paciente e
até passivamente silenciais em nome da sua divina postura de me amar.
Então tenho que louvar o que recebo de ti, deve ser decretada
por ordenanças, exclusivamente divina, ordem de Deus, necessariamente, pois se
Ele em ti cumpre com o que é a mim colossalmente doado, não para me ressarcir
de tantas faltas que as perdas na vida me se doaram, mas porque elas apenas me
trazem estrutura adequada para melhor ti acomodar em mim e, por que não dizer, auto
acalmar das desilusões que se pensavam nos domesticar.
De forma que as minhas faltas são as suas conquistas, as
minhas benesses são em tua alma massagem que a ti, ao longo da jornada que
morremos a ela, faltaram, em suma, nós nos completamos e não como mera completude,
ela é apenas a materialidade de nosso perfeito encaixe e, até nosso livre
arbítrio é monitorado por Deus para a que nossa liberdade seja realizada nos
nosso abraços e afagos, proteção e amparo, segurança e fortaleza, clamor e
louvor ao amor Dele uma efetivação de ofertório. Mas é claro que na falta de um
de nós, ficamos tão frágeis que se parecemos como condenados a morrer sem ter
conhecido a vida e, assim faltantes agimos infantilmente e meramente criança
sem consolação.
Este é o estágio que vivo quando não somos um no tempo e
espaço, pois o futuro não se materializa e o espaço torna-se faltante de forma
que a dor é a única demanda onipresente.
Por seu lado, no presente no espaço e tempo, estes ficam
em suspensos. Vivemos em outro nível e somos dotados de maiores e perfeitas
sensibilidades, das quais captamos a vida em suas partículas peculiaridade,
todavia tão enormes em seus efeitos, como testemunhas disso sentimos o maior
silêncio como uma sinfonia; no ar flutuamos e em levitar ficamos suspensos de
medos e temores; nos nutrimos e saciamos de luz que toma todo nosso obscuro
interior e passado aos incandescentes faróis de orientação, no qual não
encaramos e muito menos enxergamos, mas os cinco sentidos se subordinam a uma
grande energia que nos faz evoluídos em perfeita ascensão de prazer em tudo da
vida. Uma harmonia homeostática, tal qual divino, por sermos um belo primordial
raio solar encontrado no discrepar lunar, onde não se sabe quem começa e
termina o outro, pois não existe, são perfeitamente um só.
Pois somos apenas existentes na complementação e da
permissão e deliberação de Deus através de cada um de nós para nós, mesmo de
maneira contrária nos levaria necessariamente a quase uma década distantes de
nós mesmos, portanto, só existimos no amor um do outro.
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